O BTG Pactual começou a cobertura do GetNinjas com a recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 40, uma valorização de mais de 80% sobre o valor da ação na terça-feira, 23 de junho, na B3, quando fechou a R$ 21,84. Atualmente, a companhia vale R$ 1,1 bilhão.

A visão otimista do BTG, em relatório assinado por Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis, se baseia em três fatores. O primeiro deles é que o GetNinjas é uma plataforma one-stop-shop de serviços, com mais de 500 categorias, mais de 4 milhões de requisições anuais e 140 mil prestadores de serviço ativos, o que cria um efeito rede.

No relatório, os analistas destacam também o modelo de ‘pay-per-lead’, criado pelo GetNinjas, um algoritmo proprietário para precificar os leads gerados pela plataforma.

E, por fim, citam as oportunidades geradas pelo GetNinjas Go e seus serviços financeiros, em parceria com o Banco Pan, que é controlado pelo BTG Pactual.

“O mercado local de serviços é ainda altamente fragmentado e informal. No mundo, a gig economy (economia do bico, em tradução livre) está ficando cada vez mais consistente. Nos Estados Unidos, por exemplo, o mercado de serviços sob demanda no ambiente digital já valia US$ 85,7 bilhões em 2020″, escreveram os analistas.

Em 2023, o número de prestadores de serviços ativos globalmente deve chegar a marca de 80 milhões e deve movimentar US$ 300 bilhões, segundo o relatório do BTG.

O GetNinjas, fundado pelo empreendedor Eduardo L'Hotellier, abriu o capital em meados de maio e captou R$ 550 milhões, sendo que mais de 60% foram para o caixa.

Para o IPO sair, a empresa topou um desconto de 20% no preço de seus papéis – eles saíram a R$ 20. A operação foi ancorada por Verde, Miles e Indie Capital.

As ações da GetNinjas subiam quase 5% por volta das 11h10 na B3.