A Microsoft subverteu a matemática e fez com que US$ 30 se transformassem em US$ 146 bilhões.
Esse foi o avanço no valor de mercado da companhia fundada por Bill Gates na terça-feira, 18 de julho, no pregão da Nasdaq, fazendo a cotação do papel atingir um valor recorde: US$ 359,49, alta de 3,98%.
O "milagre da multiplicação dos dólares" foi motivado pelo fato de a companhia ter anunciado o valor da assinatura seu serviço de assinatura artificial: US$ 30.
O preço trouxe uma onda de otimismo em Wall Street e puxou o valor das ações da companhia que, neste ano, já sobem 50%. O valor de mercado da Microsoft chegou a US$ 2,6 trilhões – é só inferior ao da Apple, que vale US$ 3 trilhões.
O Microsoft Copilot acrescenta um serviço de assinaturas baseado em inteligência artificial para produtos do pacote Office, como Word, Excel e Teams. E pode somar mais uma importante fonte de receita recorrente à empresa comandada pelo indiano Satya Nadella.
O novo serviço, anunciado em março, pode preparar apresentações, sumarizar reuniões e fazer ranking de e-mails. Ele já foi testado por mais de 600 empresas. Entre elas, Goodyear e General Motors. A Microsoft não informou ainda quando será aberto para todos os clientes.
O otimismo com a Microsoft fez com que analistas do J.P. Morgan elevassem o preço-alvo para as ações da Microsoft, citando a demanda pelos produtos da empresa impulsionada pela inteligência artificial.
Dos 53 analistas que cobrem a Microsoft, 44 recomendaram a compra das ações, e o preço-alvo mediano é de US$ 340, de acordo com dados da Refinitiv.