Em janeiro deste ano, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, declarou que a bandeira de cartões Elo poderia passar por um processo de abertura de capital, mas que faltava combinar com os outros acionistas, o Bradesco e o Banco do Brasil.
Nesta semana, uma reportagem publicada no jornal Valor Econômico revelou que os bancos se movimentam para negociar a empresa ou por meio de um processo de abertura de capital ou por venda direta a um concorrente. Mas nenhuma empresa se pronunciou sobre isso, ainda que seja notório o interesse do BB em se desfazer de ativos que não façam parte de seu core.
Indagado pelo NeoFeed sobre essa possibilidade, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, foi direto ao ponto. “É o caminho natural que a Elo faça um IPO”, disse Lazari com exclusividade ao NeoFeed. “Parte seria free float, com a governança separada. É uma empresa que caminha a passos largos para isso porque é uma companhia que está muito bem”, disse o executivo.
Ainda não há uma data definida para que isso ocorra, mas não deve demorar. “Se não for neste ano, acredito que em 2021 ou 2022. É uma companhia que tem de abrir o seu capital”, disse. E prosseguiu. “Ela atingiu um tamanho bastante relevante no mercado. Hoje não tem mais problema de utilização de cartão da Elo em nenhum lugar do Brasil e em nenhum lugar do mundo”, afirmou o executivo.
Criada nos anos de 1970 pelo Bradesco, a Elo desapareceu e voltou ao mercado em 2011. “Resgatamos a marca lá de trás, trouxemos o Banco do Brasil e a Caixa, que sempre foram parceiros muito bons para fazer negócio, demos volume para isso e ela cresceu muito”, diz Lazari.
Presidida pelo executivo Eduardo Chedid, a Elo tem o controle dividido da seguinte forma. A Elopar, joint venture de Bradesco e BB, tem 56,969% da empresa, a Caixa conta com uma fatia de 36,889% e o Bradesco com outros 6,142%.
“Resgatamos a marca lá de trás, trouxemos o Banco do Brasil e a Caixa, que sempre foram parceiros muito bons para fazer negócio, demos volume para isso e ela cresceu muito”, diz Lazari.
Os dados de 2019 apontam que a Elo tem uma participação de 14% do mercado com 132 milhões de cartões emitidos. “A Elo, assim como as bandeiras Mastercard e Visa, que têm um senhor valor de mercado hoje, nasceu da nossa vontade de ter uma bandeira própria”, afirma Lazari.
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