Las Vegas - A sigla IoT ficou conhecido no mundo da tecnologia como o acrônimo de “internet of things” (“internet das coisas”, em tradução literal). Mas, aos poucos, poderá significar “intelligence of things” (a inteligência das coisas).
A brincadeira com fundo de verdade poderá ser observada durante a Consumer Electronics Show (CES), maior feira de tecnologia do mundo, que abre as portas ao público na terça-feira, 7 de janeiro, com a participação de mais de 4,5 mil empresas, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Como de costume, a CES serve como um farol para as principais tendências da área tecnológica, além de ser o palco para produtos que vão chegar às prateleiras em 2020, de tevês a alto-falantes inteligentes. Há, inclusive, rumores de que o PlayStation 5, novo console de videogame da Sony, seja anunciado no evento deste ano.
“Nos próximos 10 anos, veremos avanços sem precedentes por conta do 5G e as aplicações da inteligência artificial”, afirmou Steve Koenig, vice-presidente de pesquisa de mercado da Consumer Technology Association (CTA), entidade que representa mais de 2 mil empresas de setor de tecnologia e eletroeletrônicos.
Durante uma apresentação sobre as tendências que vão dominar a CES neste e nos próximos anos, Koenig deixou claro que, mais do que novas tecnologias e novos produtos, a CES mostrará como os negócios serão reinventados. “Todas as indústrias, seja de beleza, saúde, segurança e além, serão transformadas."
Para Koenig, a tecnologia 5G será uma das grandes tendências da CES 2020. De acordo com o mais recente levantamento da entidade, neste ano, cerca de 20 milhões de smartphones equipados com essa tecnologia devem ser comercializados apenas nos Estados Unidos. Em 2023, o cálculo é de que esse número suba para 133 milhões.
A diversificação das aplicações digitais deve levar as vendas de produtos eletrônicos ao patamar recorde de US$ 422 bilhões, ainda este ano, apenas nos Estados Unidos. A cifra é quase 4% superior que a de 2019.
Ainda segundo a CTA, a inteligência artificial será incorporada a uma série de produtos. A Alexa, da Amazon, por exemplo, é um exemplo. O sistema inteligente da empresa estará presente em diversos equipamentos, de tevês a produtos para a casa conectada. Na CES 2020 será possível observar essa tendência.
Outra batalha que deve ser observada na CES 2020 é a guerra do streaming, que ficou acirrada a partir do fim do ano passado com a chegada do serviço da Disney e da Apple. Espera-se que parcerias de conteúdos sejam anunciadas durante o evento.
A tecnologia de alta definição de imagem 8K também será um dos destaques da CES 2020. Mas a CTA acredita que o impulso para ela não virá, neste primeiro momento, da venda de televisores para consumidores. A aplicação inicial deve ser profissional, para displays para salas de conferência.
A CTA aposta ainda que a era dos robôs sociais, aqueles protótipos que se movimentam e interagem com o usuário, devem abrir alas para “robôs” estacionários e com missões é bem estabelecida.
"Ter um robô que se movimente custa muito mais dinheiro e pede muito mais tempo de produção”, diz Koenig. “O que veremos são robôs estacionários, desenvolvidos para cumprir uma tarefa específica, como medir o nível de diabetes ou dosar o medicamento de um indivíduo."
É a internet das coisas trabalhando para que a internet seja mais inteligente para as pessoas.
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