Os analistas do Credit Suisse se reuniram com o CEO da Ambev, Jean Jereissati, e o com o CFO, Lucas Lira, para discutir os resultados do segundo trimestre da Ambev, dona das marcas de cerveja Skol, Antarctica e Brahma, cujos volumes foram recordes no segundo trimestre de 2021.
Na conversa, eles chegaram a uma conclusão: “Com a tecnologia permeando seu trabalho diário e um cenário competitivo que vai além da cervejaria, fica cada vez mais evidente que a Ambev deixou de ser uma empresa tradicional de bebidas”, escreveu a analista Marcella Recchia.
Alguns insights da conversa com Jereissati e Lira sobre a Ambev:
Zé Delivery: o aplicativo que entrega cerveja gelada na casa do consumidor vai se focar no crescimento. No segundo trimestre, ele atendeu 15 milhões de pedidos, alta de 7% sobre o trimestre anterior e o triplo do mesmo período do ano passado. Mas a Ambev já pensa em formas de aumentar os ganhos. Entre as iniciativas citadas: cobrança de uma taxa de entrega mais alta dos consumidores (dos atuais R $ 3,99 por pedido), otimização de rota (entrega de mais pedidos em uma única viagem) e dark stores.
BEES: a plataforma B2B da Ambev, que permite que bares e restaurantes comprem produtos que vão além da cerveja movimentou R$ 9 bilhões no segundo trimestre e conta com 800 mil clientes. A companhia quer chegar a 1 milhão.
Donus: a fintech da Ambev já atingiu 80 mil clientes. Os executivos da companhia não descartam que o TVP da Donus possa atingir o valor total de vendas da Ambev. No segundo trimestre, a receita líquida da Ambev atingiu R$ 15,7 bilhões.
Menu.com: o marketplace de produtos para bares e restaurantes testou diferentes tipos de acordos com parceiros de alimentos embalados e destilados. A Ambev apenas executa a distribuição, compra e vende produtos ou apenas coleta o pedido por uma taxa. Segundo a empresa, os números estão crescendo rapidamente.
Neste ano, as ações da Ambev negociadas na B3 sobem 9,7%. A companhia está avaliada em R$ 271,4 bilhões.