Em janeiro deste ano, o aplicativo esportivo Strava divulgou dados sobre o seu número de usuários. Eram 50 milhões no mundo, sendo que 6 milhões deles estavam no Brasil.
Quatro meses depois, em meio à pandemia do coronavírus, em que boa parte das pessoas estão trabalhando de casa, o aplicativo usado principalmente por ciclistas e corredores ganhou 5 novos milhões de usuários. Desse total, 1,5 milhão vieram do Brasil.
“É surpreendente, as pessoas estão fazendo mais exercícios”, disse Rosana Fortes, responsável pela operação brasileira do Strava, que já recebeu US$ 70 milhões de investimentos de fundos de venture capital, entre eles da Go4it Capital, de Marc Lemann e Cesar Villares, e do Sequoia Capital.
O Brasil agora conta com 7,5 milhões de usuários do Strava, sendo que 2 milhões deles são ativos. No ranking global do aplicativo, o País é terceiro em número de usuários, atrás de Estados Unidos e do Reino Unido.
Com esse impulso em meio a um momento em que as pessoas deveriam estar em casa, o Strava dá seu mais passo ousado, ou seria uma pedalada, rumo à rentabilidade
Nesta segunda-feira, 18 de maio, o Strava lança uma versão paga repaginada, em um esforço para que uma parte dos usuários paguem por uma assinatura. No Brasil, 60 mil usuários já pagam pelo aplicativo.
Fundado em 2009 pelos americanos Mark Gainey e Michael Horvath, o Strava ainda não é lucrativo. A startup sempre contou com uma versão paga, mas que não tinha grande apelo entre os usuários. Outra fonte de receita são os desafios patrocinados por marcas.
A versão gratuita ficará com recursos mais simples. A paga terá o que Fortes classifica de os recursos mais pedidos pelos usuários. Um deles são as rotas, que mostram os lugares mais usados em diversas cidades para a prática esportiva.
A parte de gamificação do jogo também será reforçada, com a possibilidade dos ciclistas e corredores que usam o aplicativo compararem seus desempenhos com outros nos locais onde treinam, entre diversos outros recursos.
Além disso, o Strava também aprimorou a parte de segurança, que permite que os usuários enviem notificações para outras pessoas dos locais e trajetos trajetos dos treinos.
A versão paga terá um custo anual de R$ 119,90 por ano ou R$ 15,90 por mês. Os dois primeiros meses serão gratuitos, informa Fortes. A startup não faz nenhuma estimativa de quantos usuários devem pagar por uma assinatura.