O Goldman Sachs está indo para cima da corretora Charles Schwab. O banco acaba de comprar a Folio Financial, que tem um negócio de custódia para registered investment advisors (RIAs), o equivalente aos agentes autônomos no Brasil.
A Folio tem US$ 11 bilhões em ativos sob custódia e a aquisição foi confirmada pelo seu CEO, Steven Wallman, que divulgou uma carta aos clientes.
No texto, o executivo disse que "essa negociação é resultado de conversas que começaram em 2019" e que dará mais potência e escala aos serviços da companhia.
A aquisição faz o Goldman Sachs um concorrente de empresas dominantes nesse espaço. Além da Charles Schwab, há ainda a Fidelity e a Pershing, do BNY Mellon.
Mas o grande alvo do Goldman Sachs, que tem US$ 509 bilhões sob gestão de pessoas ultra-ricas, é a Charles Schwab, que está em processo de aquisição da TD Ameritrade, em um negócio que criaria uma empresa com US$ 5 trilhões em ativos e 23 milhões de clientes.
Com sede em Virgínia, a Folio tem como foco a administração e consultoria relativas a grandes fortunas e conta com uma equipe de 160 funcionários.
Companhias desta natureza são obrigadas, por lei, a manter o dinheiro de seus clientes em instituições financeiras terceirizadas, a fim de garantir a integridade e segurança de tais fortunas.
Embora disponha de diferentes produtos dirigidos especialmente a essas administradoras, o Goldman Sachs ganha com a aquisição da Folio, além de uma base de clientes poderosa, uma tecnologia de ponta.
Fundada há 20 anos, a Folio, além de ser uma custodiante de RIAs, opera uma corretora online e desenvolve tecnologia, incluindo robôs para investimento e venda de ações fracionadas.
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