As ações da Apple estão sendo negociadas em valores recorde por conta de um serviço que vai permitir que os usuários possam parcelar suas compras via o Apple Pay. Os papéis sobem mais de 2% nesta manhã e seu valor de mercado se aproxima de US$ 2,5 trilhões.

Na prática, é o "bom e velho" crediário ao estilo da Casas Bahia e que é usado por todos os varejistas brasileiros. Nos Estados Unidos e outras partes do mundo, o “carnê” é chamado de “buy now, pay later” (compra agora, pague depois).

A notícia foi publicada em primeira mão pela agência de notícias Bloomberg, que disse a Apple está trabalhando com o Goldman Sachs, que é parceiro da Apple em seu cartão de crédito desde 2019, para fazer essa nova oferta.

Por conta disso, as ações de empresas como Affirm e PayPal, que atuam com o modelo de “buy now, pay later”, estão caindo. O papel da Affirm se desvalorizava cerca de 10% na manhã desta quarta-feira, 14 de julho. O do Paypal se recuperou e estava sendo negociado estável.

A startup mais valiosa da Europa, a sueca Klarna, avaliada em US$ 45 bilhões, atua também fornecendo crédito para os consumidores. Em junho, ela captou US$ 639 milhões em rodada liderada pelo Softbank.

O projeto, que internamente é chamado de Appe Pay Later, pode fazer com que pessoas usem o iPhone para pagar suas compras. Atualmente, a Apple recebe um percentual sobre as transações, gerando receita adicional para os negócios de serviços da empresa de mais de US$ 50 bilhões por ano.

O serviço deve funcionar da seguinte forma: quando um usuário faz uma compra através do Apple Pay de um smartphone da Apple, ele terá a opção de pagar em quatro vezes sem juros a cada duas semanas ou em vários meses, pagando uma taxa de juros.

Ao fazer compras por meio de um plano Apple Pay Later, os usuários poderão escolher qualquer cartão de crédito para fazer seus pagamentos ao longo do tempo. O serviço está planejado para estar disponível para compras feitas em lojas físicas ou online.

A Apple já oferece parcelas mensais via Apple Card para compras de seus próprios produtos, mas esse serviço expandiria essa tecnologia para qualquer transação do Apple Pay.