Uma das principais apostas da Amazon para além de seu e-commerce, a Alexa está ganhando mais atenção dentro da companhia. Uma nova versão da assistente de voz inteligente está sendo desenvolvida na empresa. Mas, ao contrário da Alexa clássica, a versão Plus terá um custo aos usuários.

De acordo com o Business Insider, a Alexa Plus será munida de uma inteligência artificial personalizável, o que a tornará mais eficiente. Isso permitirá, por exemplo, que em vez da assistente de voz dizer o que encontrou no Google sobre alguma questão, já forneça a resposta diretamente – assim como no ChatGPT.

A expectativa também é de que a nova versão possa se conectar melhor com outras aplicações dos smartphones para realizar mais tarefas, mas ainda não há indicação de quais aplicativos poderão ser acessados.

Não se sabe também se a nova Alexa será incorporada nos dispositivos Echo por meio de uma atualização de software ou se será necessário fazer a compra de um novo dispositivo, já equipado com a nova assistente de voz.

Dentro da Amazon, uma equipe está trabalhando para que o desenvolvimento esteja completo até o fim de junho. Enquanto isso, cerca de 15 mil usuários foram convidados para testar a nova assistente de voz, que ainda apresenta defeitos e fornece respostas incorretas para algumas questões.

Ainda que seja uma das principais assistentes de voz e possa ser uma mão na roda para tarefas domésticas ao permitir comandar aparelhos eletrônicos e interruptores com comandos de voz, a Alexa não conseguiu dar para a Amazon o que a empresa mais deseja: mais dinheiro.

Com uma nova assinatura, a Amazon poderá gerar receita recorrente. Essa aposta é vista como uma das últimas tentativas da companhia para vingar a assistente de voz como um produto rentável. "Se isso falhar em gerar receita, a Alexa estará em problemas”, disse uma fonte ao Business Insider.

O maior desafio para a Amazon neste plano será convencer os consumidores a gastarem mais dinheiro com um novo serviço. Ainda que a assinatura Prime ofereça algumas vantagens, outros serviços da companhia, como o Prime Video, já são cobrados a parte: como o Kindle Unlimited e o Amazon Music.

Reinventar a Alexa é também uma maneira da Amazon trazer novidades para uma assistente de voz que vem perdendo espaço nos últimos anos.

Atualmente, a Alexa é apenas a terceira ferramenta deste tipo mais utilizada nos Estados Unidos com 75,6 milhões de usuários. O Google Assistant tem 88,8 milhões de usuários, enquanto a Siri, da Apple, é usada por 84,2 milhões de pessoas.