Cofundador da Microsoft, Bill Gates levou sua fama para muito além da gigante de tecnologia. Hoje, o bilionário americano é muito mais conhecido por sua faceta de filantropo e pelo tempo dedicado a buscar parcerias e recursos para iniciativas ligadas ao futuro do planeta.
Nesta segunda-feira, 20 de setembro, ele deu mais um exemplo dessa sua capacidade de mobilização. Organização sem fins lucrativos criada por Gates, em 2016, a Breakthrough Energy anunciou que sete grandes empresas se comprometeram a serem as primeiras investidoras âncoras do Breakthrough Energy Catalyst.
Com o objetivo de trabalhar por meio de parcerias público-privadas, o programa em questão foi lançado no início deste ano e busca financiar o desenvolvimento de projetos e tecnologias para zerar emissões e consolidar uma economia de carbono zero, até 2050.
A relação de investidores que estão embarcando no programa com essa rodada inclui American Airlines, ArcelorMittal, Bank of America, BlackRock, Boston Consulting Group, General Motors (GM) e Microsoft.
Microsoft, BlackRock, American Airlines e ArcelorMittal divulgaram que irão aportar US$ 100 milhões no projeto, mas o valor total comprometido não foi revelado. O site americano CNBC estima o montante em mais de US$ 1 bilhão.
“Evitar um desastre climático exigirá uma nova revolução industrial. Metade da tecnologia necessária para chegar a emissões zero ainda não existe ou é muito cara para boa parte do mundo. O Catalyst foi projetado para mudar isso e fornecer uma maneira eficaz de investir em tecnologia limpa”, afirmou Gates, em nota.
Com o plano justamente de ajudar a reduzir os custos de tecnologias limpas, inicialmente, o programa irá se concentrar em quatro áreas principais: hidrogênio verde, armazenamento de energia de longa duração, captura direta de ar e combustível sustentável para o setor de aviação.
Essas empresas marcam a entrada da iniciativa privada no programa que, desde o seu lançamento, já estabeleceu parcerias com órgãos como a Comissão Europeia, o Banco Europeu de Investimento e o Departamento de Energia dos Estados Unidos.
Com a Comissão Europeia, o acordo foi anunciado no início de junho e visa a captar investimentos de até € 820 milhões para desenvolver projetos com escala comercial no período de 2022 a 2026. Já a parceria com o Departamento de Energia americano foi divulgada em agosto e envolveu o compromisso de um aporte de até US$ 15 bilhões nessas frentes.
A partir de todos esses investimentos, o programa está trabalhando no desenvolvimento de um centro de tecnologia do clima, cuja orientação é oferecer uma alternativa com recursos sofisticados para quantificar o impacto climático dos aportes em tecnologia limpa. Ao mesmo tempo, as empresas parceiras também poderão usar essa estrutura.