A Direcional Engenharia, incorporadora e construtora que se consolidou no segmento de empreendimentos populares, protocolou na Comissão de Valores Mobiliários, na manhã de quinta-feira, 22 de junho, uma oferta primária de emissão de ações.
Com valor de mercado de R$ 2,8 bilhões, a companhia quer distribuir 20 milhões de novas ações. De acordo com o preço de fechamento no pregão do dia anterior, isso equivale a pouco mais de R$ 367 milhões.
A Direcional informa que a oferta será destinada a investidores profissionais, com esforços de colocação também no exterior. Caso o período de bookbuilding, que se encerra em 29 de junho, seja bem-sucedido, a companhia pode disponibilizar mais 3,5 milhões de novas ações, o que pode elevar a oferta para quase R$ 432 milhões.
Como essa nova emissão está restrita aos investidores profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões em investimentos), a companhia não precisa detalhar a oferta. O coordenador líder do follow on é o Itaú BBA, com XP Investment Banking, Bradesco BBI e Santander.
No primeiro trimestre, a Direcional reportou um lucro líquido operacional de R$ 70 milhões para um ROE anualizado de 21% - no mesmo período do ano passado a companhia apresentou R$ 36 milhões e 11%, respectivamente.
Nos primeiros três meses do ano, o Valor Geral de Vendas (VGV) da Direcional foi de R$ 611 milhões, com 9 lançamentos realizados, ante R$ 557,3 milhões no mesmo período do ano passado. Este foi o melhor primeiro trimestre da história da companhia.
O endividamento da construtora estava em R$ 1,36 bilhão, uma redução de 1% sobre o trimestre anterior. Desse montante, R$ 312 milhões vencem em até 12 meses. A maior parte (63%) está atrelada a Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
O índice de alavancagem (dívida líquida ajustada/PL) estava em 19,2%. E a posição de caixa da companhia era suficiente para cobrir os próximos 4 anos do endividamento bruto da Direcional.
No ano, as ações da Direcional acumulam alta de 17,5%. Em 12 meses, o papel sobe 111,1%.