Nos últimos 18 meses, o Fleury movimentou o mercado com uma série de aquisições. Foram 9 transações, nas quais o grupo investiu mais de R$ 1 bilhão. Essa conta não inclui a fusão com o Hermes Pardini, que aguarda a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Na manhã desta segunda-feira, 17 de outubro, a empresa de medicina diagnóstica voltou a anunciar um novo passo envolvendo uma cifra bilionária. Mas, dessa vez, envolvendo a aprovação pelo seu Conselho de Administração de um aumento de capital social da companhia, no montante de até R$ 1,2 bilhão.

Em fato relevante, o Fleury informou que seu board aprovou o processo por meio de uma emissão para subscrição privada de, no mínimo, 34.896.418 e, no máximo, 70.567.969 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal.

O preço da ação foi fixado em R$ 17,27, com base no valor médio ponderado por volume das ações da companhia nos últimos 30 dias corridos anteriores ao pregão da última sexta-feira, dia 14 de outubro, com a aplicação de um deságio de 5%.

No processo, os acionistas terão direito de preferência para subscrever ações na proporção de 0,2223700485 de uma nova ação ordinária para cada ação que forem titulares, em linha com a posição acionária que detiverem até o fechamento do pregão do próximo dia 20 de outubro.

O prazo para exercer os direitos de subscrição das ações terá início em 21 de outubro e se estenderá até o dia 21 de novembro. Após o fim desse período, o Fleury promoverá um ou mais rateios de eventuais sobras, bem como poderá vender as sobras na B3.

O grupo destacou que a Bradesco Diagnóstico em Saúde, que detém uma participação de 29,98% na companhia, e acionistas médicos, manifestaram que irão exercer a totalidade do direito de preferência a que têm direito.

No fato relevante, o Fleury informou que os recursos da subscrição privada serão destinados à manutenção da estratégia de crescimento da companhia; à continuidade dos planos de expansão orgânica; à melhora da posição de caixa e à redução da alavancagem financeira; e ao uso corporativo geral da empresa.

Anunciada em junho deste ano e avaliada em R$ 2,5 bilhões, a concretização da fusão com o Hermes Pardini pode ser um dos destinos dos recursos gerados nesse processo. Na época da divulgação do acordo, as duas empresas projetaram que o acordo resultaria em um incremento anual de Ebitda entre R$ 160 milhões e R$ 190 milhões.

Enquanto aguarda o sinal verde do Cade, o Fleury segue incorporando outros ativos em sua esteira de M&A. No início deste mês, o grupo anunciou a compra da Méthodos, empresa de serviços diagnósticos e análises clínicas. O acordo de R$ 27,3 milhões marcou a entrada da companhia no mercado de Minas Gerais.

As ações do Fleury acumulam uma valorização de 2,5% em 2022. A companhia está avaliada em R$ 5,8 bilhões.