Em março de 2021, Antonio Cassio dos Santos, então presidente do IRB Brasil, afirmou ao NeoFeed que a resseguradora, afundada em uma crise de credibilidade, voltaria a brilhar em 2022. Agora, Raphael de Carvalho, o atual CEO da companhia, que derreteu na bolsa desde fevereiro de 2020, repete esse mantra.
“Estamos diluindo o risco, buscando uma quantidade maior de negócios com menor exposição por contrato. Ou seja, melhoria de subscrição, redução de sinistralidade, maior eficiência e nova cultura centrada no cliente. O ano de 2022 é de amadurecimento dessa estratégia, com inflexão nos resultados”, disse em comunicado ao mercado.
Carvalho terá de convencer o mercado sobre essa estratégia. A primeira etapa desse processo são os resultados do ano passado. O lucro do IRB ainda está distante, mas os sinais de melhora são claros. O prejuízo de R$ 1,48 bilhão, em 2020, caiu para R$ 683 milhões, no ano passado.
Esse resultado contábil, que incorpora os impactos dos negócios e de despesas não recorrentes, mostra que houve redução de 54% no prejuízo. “Mais uma vez os resultados indicam a recuperação da companhia, mesmo considerando que enfrentamos um cenário mais adverso do que o planejado em 2021, com a pandemia ainda afetando os negócios”, diz Carvalho.
No ano passado, o volume total de prêmios emitidos alcançou R$ 8,76 bilhões, 8,7% a menos do que em 2020. Desse total, os prêmios emitidos no Brasil chegaram a R$ 5,329 bilhões, um aumento de 9,3%. Os prêmios emitidos no exterior foram de R$ 3,431 bilhões, 27,3% a menos do que em 2020.
“A nova estratégia começa por reafirmar nosso protagonismo no Brasil, que deve representar no mínimo dois terços de nosso portfólio, alavancando as claras vantagens competitivas que o IRB tem no mercado doméstico”, disse Carvalho.