Prestes a deixar o comando da Gol, Paulo Kakinoff vai colocando em prática o plano de ser conselheiro de várias companhias. 

A MRV anunciou nesta segunda-feira, dia 30, que o seu conselho aprovou na sexta-feira, dia 27, a eleição de Kakinoff para uma cadeira no colegiado, como substituto de Marcos Alberto Cabaleiro Fernandez. Segundo a companhia, ele assumirá a posição na próxima assembleia geral de acionistas.

Se aprovado, Kakinoff se juntará a Rubens Menin, fundador da MRV e presidente do conselho de administração da companhia, e Leonardo Guimarães Corrêa, que já foi diretor de relações com investidores da empresa e atualmente é vice–presidente do colegiado. 

Kakinoff deixa a Gol em 1º de julho, no momento em que a companhia está se unindo com a Avianca para criar a Abra e competir com a Latam pela hegemonia dos céus da América Latina. 

Ele está sendo substituído no comando da empresa brasileira por Celso Ferrer, atual vice-presidente de operações. Segundo apurou o NeoFeed, depois de ser CEO da Gol, Kakinoff não deverá assumir nenhuma função executiva em outra empresa pelo menos nos próximos 12 meses. 

A ideia dele é atuar no período em conselhos de administração, inclusive da Gol, para o qual seguirá após a transição de poder. 

Além do conselho da Gol, ele também atua nos boards de Porto Seguro, Vamos, Suzano e Tembici, startup de mobilidade urbana que ficou marcada na capital paulista pelas bicicletas amarelas com patrocínio do Itaú.

Com valor de mercado de R$ 4,7 bilhões, a MRV é uma das principais incorporadoras da América Latina. No primeiro trimestre, a operação brasileira registrou um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,5 bilhão, queda de 7% em relação ao mesmo período de 2021, mas um aumento de 2% ante o quarto trimestre. 

Considerando os resultados das outras linhas de negócios, que incluem operações nos Estados Unidos e de aluguel de imóveis, a MRV &Co registrou lucro líquido de R$ 71 milhões no primeiro trimestre, queda de 48% em base anual, com a receita líquida subindo 5%, para R$ 1,6 bilhão, e Ebitda de R$ 200 milhões, baixa de 6%. 

As ações da companhia fecharam o pregão de hoje com queda de 4,42%, a R$ 9,72, acumulando queda 14% no ano.