Uma das principais franquias da NBA, o Los Angeles Lakers teve um desempenho pífio na temporada 2021-2022. Mesmo nesse cenário, LeBron James, o grande astro da franquia e um dos maiores nomes da liga americana de basquete, não decepcionou e acrescentou novas marcas à sua já farta coleção de recordes.
Em março deste ano, por exemplo, o jogador chegou a 10 mil assistências, tornando-se o maior da história da liga nessa estatística. Um mês antes, ele já havia alcançado o topo na lista dos maiores pontuadores da história da NBA, levando-se em conta as partidas das temporadas regulares e dos playoffs.
O Lakers trabalha agora para se recuperar na próxima temporada, que terá início em outubro. Mas mesmo sem entrar em quadra, James já quebrou outro recorde, ao assinar uma extensão de dois anos do seu contrato com a franquia.
Com os novos termos, que incluem um salário de US$ 97,1 milhões no período, ele se tornou o jogador mais bem pago da história da NBA. Essa cifra, somada ao montante que já recheou a conta bancária do jogador em 19 temporadas, traz como resultado um volume de US$ 528,9 milhões, segundo o site de estatísticas Spotrac.
O elenco de jogadores com melhor remuneração na história NBA, incluindo aqueles aposentados e os que ainda estão em atividade, traz, na sequência, Kevin Durant, atualmente no Brooklin Nets, com US$ 498,6 milhões; Stephen Curry, do Golden State Warriors, com US$ 470 milhões; Damian Lilard, do Portland Trail Blazers, com US$ 449 milhões; e Bradley Beal, do Washington Wizards, com US$ 428,8 milhões.
Outro ponto só reforça o feito de James. Aos 37 anos, ele está há mais tempo nas quadras que boa parte dos seus pares na lista. Entretanto, quando iniciou sua carreira, os salários eram bem menos polpudos do que aqueles pagos atualmente.
No início desse ano, James também já havia chamado atenção ao se tornar o primeiro jogador em atividade na NBA a alcançar o status de bilionário. Antes dele, o único atleta da liga a entrar nesse clube seleto foi Michael Jordan. A estrela do Chicago Bulls só chegou a tal posição, porém, em 2014, mais de uma década depois de deixar o esporte.
Com uma fortuna estimada em US$ 1,2 bilhão, James também já mostrou que seu talento não se restringe ao esporte. Além de uma série de acordos com marcas, entre eles um contrato vitalício com a Nike, uma de suas principais jogadas é SpringHill, empresa de mídia fundada por ele e Maverick Carter, em 2020.
Em outubro do ano passado, a dupla anunciou um aporte, de valor não revelado, que avaliou a companhia em US$ 725 milhões. Um dos investidores foi a Fenway Sports Group, holding de marketing e mídia dona de ativos como o Liverpool, time da Premier League, a liga inglesa de futebol. E da qual James e Carter já eram acionistas minoritários.
A rodada teve ainda a participação de nomes como a própria Nike; a Epic Games, estúdio responsável pelo jogo Fortnite; e a gestora de private equity RedBird Capital. Com programas de TV e filmes, a SpringHill tem, entre suas produções, a série de entrevistas “The Shop”, da HBO, e “Space Jam: a New Legacy”, sequência de “Space Jam: O Jogo do Século”, lançado em 1996.
Na época da divulgação do aporte, Carter, que ocupa o posto de CEO da operação, ressaltou que parte dos recursos seria usada para financiar novos programas e explorar o licenciamento dos conteúdos da companhia em mercados como a Europa e a Ásia.
Antes dessa rodada, a SpringHill já havia captado US$ 100 milhões em seu lançamento, junto a investidores como Guggeneheim Partners, UC Investments, News Corp. e SC Holdings. A companhia não é, no entanto, o único empreendimento de James.
O portfólio do jogador inclui ainda negócios como a Robot Co., uma agência de marketing, e mais uma empresa de entretenimento, a Uninterrupted LLC. Em paralelo, ele já investiu em companhias como a NTWRK, plataforma americana de e-commerce, e na FaZe Clan, companhia de eSports.