A Meta está desenvolvendo o seu próprio mecanismo de busca à base de inteligência artificial para entrar em parte do território dominado pelo Google e pelo Bing, da Microsoft.
A iniciativa da dona do Facebook tem o objetivo de fornecer respostas através de seu chatbot, o Meta AI, de acordo com o site The Information, que cobre os bastidores do Vale do Silício.
Com uma equipe especializada trabalhando há oito meses no projeto, que é liderado pelo gerente de engenharia Xueyuan Su, boa parte da indexação das páginas da internet já está resolvida.
Na tentativa de acelerar esse processo, a companhia já deu o primeiro passo para o conteúdo de seu buscador e fechou uma parceria com a agência de notícias Reuters, que auxiliará nas respostas das buscas.
Essa é a mais nova tentativa de Mark Zuckerberg de reduzir a dependência que a Meta tem de outros grandes provedores de tecnologia. Nos últimos anos, a empresa tem sofrido para conseguir elevar seus ganhos com usuários da Apple, após a companhia dificultar as receitas publicitárias por meio dos aplicativos do iPhone.
Assim como no caso da Apple, a iniciativa pode fechar as portas da parceria entre a Meta e o Google, mas Zuckerberg parece não se importar com isso. Em uma entrevista recente, ele afirmou que “não há muito dinheiro fluindo entre a Meta e o Google”, o que não deve ser uma preocupação.
Apesar da confiança do empreendedor, os problemas de sua tecnologia continuam existindo. De acordo com a reportagem, embora a Meta utilize um bot para indexar conteúdo retirados da internet, alguns veículos de mídia, como o The New York Times, bloquearam o acesso desse robô ao seu conteúdo, com base nas leis de direitos autorais.
Além das questões legais, a concorrência nesse segmento está cada vez maior, o que pode estar preocupando a Meta. Um dos nomes no mercado, a startup Perplexity, que foi apoiada pelo Jeff Bezos e pode atingir um valuation a US$ 9 bilhões com uma nova rodada de investimentos, está também disputando por um lugar ao sol nos buscadores de IA.