A Ânima Educacão anunciou na manhã de quinta-feira, 8 de agosto, que seu conselho de administração aprovou a realização de uma nova emissão de debêntures, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 360 milhões.

Em fato relevante, a empresa ressaltou que a medida integra as iniciativas de gestão do endividamento da operação e que os recursos líquidos da emissão serão destinados para o reforço do caixa e usos corporativos ordinários.

Destinada exclusivamente a investidores profissionais, a emissão de debêntures anunciada pelo grupo brasileiro de educação envolverá uma única série, com prazo de cinco anos e vencimento em agosto de 2029.

“A Ânima reitera e ratifica que segue engajada em iniciativas que possibilitem acelerar a agenda de desalavancagem, bem como em buscar alternativas de redução do custo de suas dívidas, de forma a gerar ainda maior valor para nossos acionistas e stakeholders”, ressaltou o grupo, no documento.

A Ânima divulga seus resultados com o desempenho do segundo trimestre de 2024 na noite de quinta, 8, após o fechamento do pregão na B3. Nos dados públicos mais recentes, a empresa encerrou o primeiro trimestre com um caixa de R$ 146,5 milhões.

Já a dívida líquida ajustada no período foi de R$ 4,16 bilhões, contra R$ 4,41 bilhões, um ano antes, e R$ 4,3 bilhões no fim de 2023. Medida pela relação dívida líquida ajustada/Ebitda, a alavancagem ficou em 2,98 vezes, ante 3,88 vezes no primeiro trimestre de 2023.

A nova emissão de debêntures acontece duas semanas depois de uma troca no comando da operação. No último dia 27 de julho, o grupo anunciou Paula Maria Harraca como nova CEO, que substituiu Marcelo Battistela Bueno, sócio-fundador da companhia.

Na ocasião, a Ânima ressaltou que Bueno ficará inteiramente focado na transição da posição, em um processo que se estenderá até o fim de 2024. Harraca é a primeira executiva não fundadora a assumir o posto.

As ações da Ânima encerraram o pregão da quarta-feira, 7, com alta de 4,05%, cotadas a R$ 3,60. Em 2024, os papéis acumulam, porém, uma desvalorização de 19,2%. A companhia está avaliada em R$ 1,35 bilhão.