Mark Zuckerberg surpreendeu quando publicou um vídeo testando um produto da Apple, na semana passada. No caso, o Apple Vision Pro, o headset munido de inteligência artificial que é uma das principais novidades da empresa da maçã e um concorrente do Quest, o dispositivo concorrente da Meta.

Dias depois, em entrevista ao podcast Morning Brew Daily, o fundador do Facebook foi questionado sobre o teste. E, ao contrário do que se poderia imaginar, não adotou um tom ameno para comentar sobre o Apple Vision Pro. Em vez disso, teceu críticas.

As principais alfinetadas se deram relação ao preço: US$ 3.500. “Eu esperava que fosse um dispositivo melhor do que o nosso em uma porção de coisas. Mas o nosso não é apenas mais barato. É o melhor produto”, afirmou Zuckerberg.

O Quest 3, lançado pela Meta no ano passado, custa a partir de US$ 500, o que faz o dispositivo da Apple ser sete vezes mais caro. Mas nem Quest 3 e nem Apple Vision Pro são considerados os produtos perfeitos para Zuckerberg.

Pelo menos em relação ao uso fora de casa. “Vejo vídeos das pessoas andando com esses dispositivos nas ruas e esse não é o nosso objetivo”, disse Zuckerberg.

O CEO da Meta afirma que espera que este tipo de headset seja utilizado como um computador ou a televisão da próxima geração. Para o uso externo, Zuckerberg aposta em óculos inteligentes (com os desenvolvidos em conjunto com a Ray-Ban e que custam a partir de US$ 300).

Zuckerberg também criticou o fato de que, para ele, há uma comunidade de “Apple fanboys” que fica chateada se alguém questiona se a companhia da maçã terá capacidade para dominar um determinado mercado ou se sofrerá com concorrentes – tais como a Meta.

Para o empresário, a Apple se apoia em um modelo fechado, enquanto a Meta é focada em parcerias com desenvolvedores. Para ele, esse é o trunfo. “Temos uma grande chance de ganhar”, afirmou, referindo-se à disputa pelo mercado de headsets contra a Apple.

Mark’s Meat

Ao fim da entrevista, Zuckerberg comentou sobre quais são suas próximas ambições. A resposta não teve nada a ver com tecnologia – pelo menos no sentido em que se esperava. “Se um dia eu estiver cheio da Meta, vou abrir o Mark’s Meat”, disse o empresário.

Dono de um rancho no Havaí onde possui criação de gado, Zuckerberg afirma que tem se dedicado cada vez mais ao hobby. “Tenho esse projeto em que quero saber se consigo criar a melhor carne do mundo”, afirmou. Para isso, o empresário entende que precisa testar diferentes tipos de alimentos para que os gados cresçam de forma saudável e rápida.

Ao que tudo indica, porém, apenas os convidados de Zuckerberg em churrascos de domingo poderão experimentar as carnes. “Eu não tenho intenção comercial. Estou apenas tentando criar a melhor carne do mundo”, afirmou.