Brasília - O trabalho das comissões do Senado começou com um gesto simbólico do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), ao visitar cada um dos escolhidos para comandar os colegiados temáticos.
As atenções a partir de agora serão as pautas econômicas, principalmente as que tratam da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, a regulamentação da reforma tributária e a negociação de emendas para fechar a votação do orçamento.
Um acordo confirmado na manhã desta quarta-feira, 19 de fevereiro, levou Otto Alencar (PSD-BA) e Renan Calheiros (MDB-AL) para as comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE), respectivamente.
Os dois colegiados são os mais importantes do Congresso por analisar ainda na largada projetos relacionados à própria legalidade das propostas, tributação e investimentos. Depois do orçamento, que deve ser analisado na próxima semana, os congressistas devem começar a analisar a mudança do IR e a regulamentação da reforma tributária.
A aposta do governo é aprovar a isenção do IR, projeto que foi anunciado ainda no fim do ano passado, mas sem avanços até aqui. “É difícil ser contra um projeto desses”, disse ao NeoFeed o senador Izalci Lucas, do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, denunciado na noite desta terça-feira pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com ele, o governo, no entanto, precisa apresentar mais detalhes sobre a proposta e as compensações, pois vários municípios brasileiros vão perder orçamento com a isenção de servidores que recebem até R$ 5 mil. “As compensações apresentadas até aqui não convencem”, afirmou Lucas.
O político se refere à taxação de quem tem rendimentos de mais de R$ 50 mil mensais, encarada pelos próprios governistas como difícil de ser aprovada.
Em entrevista ao NeoFeed, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que acredita na aprovação da isenção de atpe R$ 5 mil mas tem dúvidas em relação à taxação dos mais ricos.