A Emerge Ventures, gestora de venture capital focada em bens de consumo, acaba de fazer a sua terceira aquisição, trazendo a marca de suplementos pet PetVi para o seu portfólio. Com o negócio, a empresa, fundada em 2019 pelos amigos Max Peters, Patrick Peters e Rafael Dzik, receberá uma injeção de R$ 20 milhões em investimentos apenas em 2025.
“A PetVi chamou a nossa atenção por ser um modelo perfeito do que nós chamamos de vocação”, afirma Leonardo Tonini, sócio da Emerge Ventures. “Fundada por dois irmãos com expertise de desenvolvimento de categoria no digital, a PetVi conseguiu crescer de forma orgânica e chegar a um momento ótimo para ser adquirida em pouco tempo de vida”.
Com mais de 20 produtos no seu portfólio, a PetVi tem como missão manter cães saudáveis por meio dos suplementos. O carro-chefe da companhia é o Longevi, composto por mais de 40 ingredientes. O produto se assemelha a um mix vitamínico para humanos, como o Centrum.
Na visão do sócio da Emerge, a PetVi se encontra na fase de profissionalização, na qual precisa de ajuda externa para continuar crescendo nos próximos anos. Para isso, a injeção de capital será direcionada para marketing e pessoas, projetando um crescimento de três vezes no tamanho da companhia. Em 2026, a PetVi prevê um faturamento de R$ 100 milhões.
Para atingir esses números, a PetVi está trazendo um CEO de fora do quadro de fundadores, o ex-Brand Lovers, Rafael Marino.
“Nós estamos focados na qualidade e usabilidade dos nossos produtos, apostando em inovação para expandir esse portfólio de produtos nos próximos anos”, afirma Marino. “Ainda existem muitos ingredientes e produtos de suplementação que nós não utilizamos por aqui, o que nos dá confiança de que temos muito espaço para crescer”.
Nativa digital, a PetVi também aposta no aumento da distribuição dos seus produtos, que hoje são consumidos em maior parte pelo e-commerce da empresa e na região Sudeste do País. Com fornecedores nacionais e internacionais, a empresa quer expandir para todo o Brasil, mas sem pensar em ter uma planta própria de produção.
A tese da Emerge é investir em empresas menores, que tenham de R$ 10 milhões a R$ 50 milhões de faturamento anual, e estejam dentro dos segmentos de vitaminas e suplementos, beleza, pet e bebidas. A gestora assina cheques de VCs para startups iniciantes com modelo de execução de private equity.
Em dois anos, a Emerge investiu em duas companhias além da PetVi, que são a Vhita e a Scientific Skin Tecnology. A estratégia é comprar o controle dessas companhias e escalar, melhorando a operação da empresa. Com isso, o foco passa a ser o crescimento acelerado da operação.
Com esse plano, a Emerge espera ter de cinco a dez investidas nos próximos anos. “Por aqui, nenhuma empresa pode falhar, já que utilizamos capital próprio e contamos com o sucesso para ter resultados”, diz Tonini. “Isso nos torna muito mais responsáveis por esses investimentos e torna o modelo menos replicável”.
O mercado pet começou o ano com muitas movimentações. No início de fevereiro, a WeVets, rede de hospitais veterinários com 17 unidades na Grande São Paulo e em Porto Alegre, comprou o controle da Animaniacs, operação tradicional com três unidades na Zona Leste de São Paulo.
No fim de janeiro, a ADM Nutrição contratou o Barclays, conforme informação exclusiva do NeoFeed, para buscar um comprador para sua divisão de pet food no Brasil, um negócio que pode movimentar R$ 1,5 bilhão.