Sob a sigla ESG (meio ambiente, social e governança), os princípios de sustentabilidade ganham, a cada dia, mais peso e relevância nas decisões sobre investimentos. E, nesta terça-feira, 22 de setembro, a Cloud Paper, uma startup de Seattle, nos Estados Unidos, reforçou essa tese.

Fundada em 2019, pelos americanos Ryan Fritsch e Austin Watkins, ex-executivos da Uber, e por Tori Kiss, a companhia produz um papel higiênico à base de bambu, que reduz os danos ao meio ambiente. E anunciou hoje a captação de US$ 3 milhões, em uma rodada liderada pelo fundo Greycroft.

Essa é o segundo aporte recebido pela startup, que já havia levantado US$ 1,4 milhão em outra rodada, realizada em abril deste ano. O que mais chama a atenção nessa captação, no entanto, é a lista de celebridades e investidores que estão seguindo a Greycrot nessa nova injeção de recursos.

A relação inclui nomes como Dara Khosrowshahi, CEO da Uber; os atores Ashton Kutcher, Robert Downey Jr. e Gwyneth Paltrow; o bilionário Mark Cuban; o fundador e CEO da Salesforce, Marc Benioff; Guy Oseary, empresário de artistas como U2 e Madonna; Marc Merrill, cofundador e CEO da Riot Games; e Russell Wilson, quarterback do Seattle Seahawks, time da NFL, a liga de futebol americano.

“A Cloud Paper pode ajudar a salvar um bilhão de árvores nos próximos anos”, disse Watkins, em comunicado sobre a rodada. “E é incrivelmente válido ter investidores e defensores se juntando à empresa nessa missão.”

Lançada oficialmente em maio do ano passado, a Cloud Paper tem no papel higiênico feito à base de bambu seu primeiro e único produto até o momento. E ele resume bem o propósito da novata, de combate ao desmatamento.

Segundo dados divulgados pela startup, a produção de papéis higiênicos e toalhas de papel tradicionais é responsável por mais de 20% do desmatamento global. Cerca de 40 mil árvores são cortadas diariamente com essa finalidade. Levando-se em conta apenas os papéis higiênicos, os consumidores americanos usam o equivalente a um Central Park de árvores todos os dias, reforça a empresa.

De acordo com a novata, a escolha pelo bambu como matéria-prima segue algumas premissas. Entre elas, o fato de ser a planta de crescimento mais rápido do mundo, atingir maturidade de colheita em três anos e gerar, no mínimo, 30% menos emissões de gases de efeito estufa, em comparação com a produção do papel higiênico comumente consumido.

A empresa chegou ao mercado com a oferta focada no segmento corporativo e conquistou uma base clientes formada por companhias como o WeWork. Recentemente, a Cloud Paper também lançou um modelo de assinaturas, voltado aos consumidores, com entrega gratuita e a um custo de US$ 28 por 24 rolos do produto. As embalagens são 100% livre de plástico, recicláveis e compostáveis.

“Vemos uma tremenda oportunidade para a Cloud Paper capturar e expandir sua participação no mercado atendendo à demanda por alternativas sustentáveis para produtos domésticos e de escritório no dia a dia”, afirmou Dana Settle, cofundador e sócia do Greycroft.

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