Seis meses depois de assumir o comando da Loungerie, Juliano Ohta, ex-CEO da Telhanorte, tem avançado nas estratégias para aumentar a rentabilidade da marca de moda íntima e conquistar novos clientes. Entre as novidades da gestão, está a entrada em marketplaces como Mercado Livre, Privalia e Dafiti para chegar a consumidoras que ainda não conhecem os soutiens com medidas diferenciadas.
Mesmo depois de anos no setor da construção, Ohta não vê segredo em comandar uma companhia com um perfil de cliente tão oposto. Para ele, “assim como numa reforma, em que o vendedor ajuda a escolher o material ideal, as vendedoras têm o papel de indicar o que realmente faz a cliente se sentir bem”, disse ele, em entrevista durante o NeoSummit Futuro do Varejo.
Para melhorar o atendimento, outra de suas apostas é a construção de células de atendimento via Whatsapp feito por vendedoras… humanas. A inteligência artificial é usada apenas para agilizar pedidos.
Hoje, cerca de 10% das vendas da Loungerie já vêm do digital, um número que Ohta acredita poder crescer sem perder a essência da marca, construída sobre a experiência nas lojas físicas. “Às vezes, a cliente que conhece a peça prefere provar na loja, mas recompra online. O digital tem papel fundamental na recorrência”, afirma o executivo.
Para o executivo, o futuro do varejo passa por relevância e relacionamento. “Não basta distribuir produto. Ele precisa marcar a sua relevância através do relacionamento. A gente não pode esperar que isso venha naturalmente. Cada um vai ter que buscar a sua essência e onde está a sua relevância.”