O balanço do terceiro trimestre da Positivo Tecnologia, que será apresentado ao mercado na segunda-feira, 13 de novembro, mostrará uma novidade nos números da companhia. Pela primeira vez, a unidade de segurança, lançada no fim do primeiro semestre, poderá ser analisada pelos investidores.

“Acabamos de lançar, não tem nenhum centavo no balanço ainda”, diz Helio Rotenberg, CEO da Positivo Tecnologia, em entrevista ao Números Falam, do NeoFeed. “Estamos bastante esperançosos nesse mercado, que é bastante grande e cresce dois dígitos há muitos anos”.

O mercado de segurança é estimado em R$ 11 bilhões, com crescimento médio de 15% ao ano. A PositivoSEG adquiriu em 26 de junho a SecuriCenter, que tem operações em São Paulo e em Recife (PE) e mais de 2,1 mil produtos no portfólio com uma carteira de mais de 13 mil clientes.

Além desse novo segmento de negócios, a Positivo tem apostado nos serviços técnicos e de informática para o universo corporativo. Nos últimos 12 meses, encerrados em junho desde ano, a receita dessa área foi de R$ 287 milhões.

“O meu maior desafio é crescer essa área de serviços dentro da Positivo. Ela traz uma nova dinâmica por precisar de menos capital de giro e ter uma lucratividade maior”, afirma Rotenberg.

O CEO da Positivo exemplifica com o programa de licenciamento de produtos e serviços da Microsoft. Como parte do Microsoft Cloud Solution Provider Program (CSP), a empresa brasileira de tecnologia vende os computadores ao mesmo tempo que acopla outros diferenciais às companhias.

“No nosso hardware as a service (HaaS), deixamos de locar o computador isolado para fazer com uma série de softwares e serviços. É perto do nosso core e a chance de vencer é muito grande”, diz Rotenberg.

A ação da Positivo, cotada a R$ 6,89 em 9 de outubro, está em queda de 21,3% no ano e de 40,3% em 12 meses. O valor de mercado da empresa é de R$ 977 milhões.