A ASA Investments, gestora de ativos do Alberto Safra, com cerca de R$ 3 bilhões sob gestão, está criando um braço de wealth management e não está poupando esforços de contratação.

O experiente executivo Fabio Simoneti F. Cardia (ex- Credit Suisse, BTG Pactual e UBS) foi contratado como head da ASA Wealth Management. E Francisco Levy, que estava como CIO na Vitreo e tem passagem pelo UBS e Itaú, é o CIO da área.

Entraram também para o time da ASA Investments, nos últimos meses, executivos de referência no mercado. Entre eles, Caio Mercadante, que foi superintende e CIO do BNP Paribas Wealth Management. Ele será o superintendente, segundo seu perfil no LinkedIn.

A lista de nomes do mercado que vão fazer parte do time de wealth management da ASA Investments inclui ainda Luiz Henrique Alves, ex-head of manager selection e portfolio manager na UBS Consenso, que assumiu como superintendente e head of manager selection na ASA Investments, de acordo com o seu LinkedIn.

No time de gestão estão ainda Rafael Guardado (ex-Andbank, Safra e Santander) como portfolio manager, assim como Miguel Ribeiro Neto (ex-Bradesco e Santander).

“Eles estão ligando para o mercado inteiro. Todo mundo conhece alguém que recebeu uma ligação”, afirmou um executivo de mercado que não quis se identificar.

Fontes a par do assunto afirmam que a ideia é criar um wealth management com foco no público ultra-high net worth individuals (com mais de R$ 30 milhões em liquidez), ajudando a montar portfólios tanto no Brasil como no exterior.

A gestora de ativos da ASA montou um time qualificado, tirando profissionais de casas grandes e de nome e fazendo algumas aquisições, como a Tower Three. E, em pouco tempo, tem conseguido resultados consistentes, chamando a atenção do mercado e também de clientes qualificados. A ideia é criar um time igualmente “parrudo” no wealth e aproveitar sinergias com a asset.

O modelo de negócio se assemelharia ao do WHG, de ex-executivos do Credit Suisse, que com uma asset especializada e um wealth sofisticado conseguiram atrair talentos do mercado e, com isso, conseguiram oferecer um serviço customizado para clientes exigentes e com grande volume para investir. Essa estratégia já é seguida por casas mais tradicionais no Brasil, como a JGP, Perfin e Claritas.

Fontes de mercado ouvidas pelo NeoFeed afirmam que ter um wealth management era um sonho antigo de Alberto Safra, mas a disputa com a família estava criando entraves que foram adiando o plano. Mas que, agora, está saindo do papel.

Procurado, o Safra não quis comentar. A assessoria de imprensa da ASA também não quis fazer comentários para a reportagem.