Depois do Banco BV, o Credit Suisse apresentou um pedido para suspender seu pedido de execução da dívida que possui com a Credz, abrindo caminho para que a empresa seja incorporada pela DM, controlada pela Vinci.
Segundo petição enviada à Justiça e obtida pelo NeoFeed, o banco suíço informou que foi possível “retomar as negociações na tentativa de atingir uma solução extrajudicial para solver a dívida executada”.
Com isto, o Credit Suisse pediu a renovação da suspensão da tramitação do processo de execução até 17 de novembro. A Credz tem uma dívida de cerca de R$ 210 milhões com o banco suíço, que foi incorporado pelo UBS.
A medida representa um alívio para os credores e observadores de mercado, que temiam que a medida pudesse implodir o acordo para a incorporação da Credz pela DM.
Antes do Credit Suisse, o Banco BV entrou com um recurso pedindo a suspensão deste pedido, que inclui também a solicitação de bloqueio de bens dos sócios da administradora de cartões.
O BV entrou na quinta-feira, 9 de novembro, com um pedido de penhora das aplicações financeiras no valor de R$ 91 milhões, além dos imóveis dos executados, como garantia do pagamento dívida.
Os debenturistas e os cotistas do FIDC já tinham aprovado os termos da venda, ficando faltando apenas o aval de BV e Credit Suisse.
Segundo o NeoFeed apurou, em linhas gerais, ficou decidido que a Credz permanecerá com parte da dívida, cerca de R$ 250 milhões, enquanto o restante deve subir para uma sub holding. Na proposta inicial, em torno de R$ 1 bilhão do endividamento seria migrado.
Além disso, haverá um aporte de capital de cerca de R$ 350 milhões, enquanto a família Zogbi vai colocar R$ 75 milhões. A Visa deve aparecer com um aporte de R$ 150 milhões, considerando o arranjo que tem com a Credz.
Procurado pelo NeoFeed, o UBS, que comprou o Credit Suisse, não retornou até o momento o pedido de posicionamento. A reportagem não conseguiu contato com a Credz.