A energia solar vem se consolidando como a segunda maior fonte de energia do País. Segundo a Aneel, a capacidade instalada de geração de energia elétrica via painéis fotovoltaicos chegou a 43,6 GW em junho deste ano, cerca de 18,7% do total do País. É esse mercado crescente que acendeu o interesse da EQI.
Se em meados de 2022 a EQI começou no negócio de energia ajudando empresários a entrar no mercado livre de energia por meio de parcerias com as empresas comercializadoras, agora a corretora, com cerca de R$ 30 bilhões sob custódia, aposta em uma frente de serviços de painéis solares.
Com apenas três meses de operação, essa nova frente já conseguiu gerar R$ 70 milhões em negócios. O objetivo é dobrar o tamanho da operação até o fim do ano, diversificando receitas e fidelizando o cliente.
“Nos tornamos o maior escritório de contratos de mercado livre de energia. Mas a nossa base de clientes é forte mesmo na pessoa física, e não jurídica. Por isso entramos na geração distribuída, e crescemos muito rápido, pois o desconto é muito atrativo, na ordem de 20%, e agora em painel solar”, afirma Alexandre Viotto, head de banking da EQI.
O segmento de mercado livre de energia da EQI tem obtido resultados interessantes. A economia ficou em torno de 30% para as empresas com as parcerias fechadas com comercializadoras.
Esses números alcançados com os CNPJs levaram a EQI a entrar no ano passado na geração distribuída de energia de baixa tensão para buscar resultados parecidos para a pessoa física. Com o marco legal de micro e minigeração de energia, consumidores podem produzir a própria energia que utilizam a partir de fontes renováveis. A corretora já oferece a solução em todo País, e espera chegar a mil clientes até o fim deste ano.
Com a área de energia decolando, estava faltando no portfólio o negócio de painel solar, que começou a ser demandado pelos clientes. Para isso, a EQI fez uma parceria com a empresa Holu, do grupo Raízen, que constrói os painéis e faz a manutenção do serviço. Neste negócio, a EQI ganha uma comissão pela originação do contrato.
“Quem tem área para construir esse negócio é muito vantajoso, indiscutivelmente. É um investimento que se paga em três anos e dura 20. E a economia no desconto de energia pode chegar a 90% dependendo da quantidade de sol da região, o que não é difícil no Brasil”, explica Viotto.
Mas se engana quem pensa que o business de energia pode competir com o core da corretora. A estratégia é entregar uma solução que gere economia e, assim, mais disponibilidade de recursos para o cliente investir.
Em paralelo, a EQI também diversifica as suas receitas, sem ter de fazer muitos investimentos para isso, pois o serviço ocorre com parcerias e com um pequeno time voltado para energia - que se encaixa no seu grande poder comercial.
“Nosso DNA é buscar clientes longe dos grandes centros, que possuem negócios importantes, mas estão fora do radar do mercado financeiro. Nossa rede de 600 assessores conhece bem os clientes e como oferecer esse tipo de solução, que, uma vez contratada, fideliza”, explica Viotto.
A meta de crescimento da EQI para a área de energia é ambiciosa: dobrar de tamanho anualmente nos próximos três anos.