A Thomson Reuters, companhia global de mídia e tecnologia, está fazendo uma aposta de peso para ganhar ainda mais espaço entre os contadores.
A empresa está expandindo sua atuação na área de contabilidade acrescentando uma conta digital e uma área de benefícios a sua plataforma Domínio em parceria com Belvo, Pismo, Celcoin e VR.
O plano é que a conta digital e os benefícios sejam primeiro usados pelos próprios contadores e depois expandido para os clientes dos escritórios. Hoje, 250 mil contadores usam a plataforma da Thomson Reuters.
“Os contadores estão presos a funções muito burocráticas, sendo que poderiam utilizar seu potencial de formas mais estratégicas. É isso que queremos ajudá-los a fazer”, afirma Adrián Fognini, head do segmento de International da Thomson Reuters.
A iniciativa é inédita no mundo. E, caso seja bem-sucedida no Brasil, poderia ser levada para outros países. A necessidade surgiu após a empresa perceber que os escritórios contábeis, que totalizam quase 90 mil unidades em todo o Brasil, gostariam de ter um papel mais estratégico nas decisões de seus clientes.
A plataforma da Thomson Reuters conta com contabilidade digital, conta PJ e benefícios. Na primeira funcionalidade, o software realiza a contabilização automática das movimentações financeiras do escritório de contabilidade e de seus clientes, levando em consideração as parcelas a receber, impostos e salários.
A conta PJ, por sua vez, integra essas transações financeiras a contabilidade, permitindo que o contador emita boletos e faça pagamentos e transações via Pix, sem mensalidades. Por fim, a vertente de benefícios faz o gerenciamento de vale refeição e alimentação para os funcionários dos escritórios contábeis e das PMEs clientes.
“Com um sistema tributário complexo e com a nova reforma em vista, esses profissionais precisarão estar cada vez mais próximos dos seus clientes”, afirma Fognini.
Inicialmente, a Thomson Reuters levará o produto para os clientes de plataformas contábeis de 47 mil escritórios, mas tem a intenção de expandir seu portfólio com as pequenas e médias empresas que são atendidas por esses contadores.
Com essa estratégia, a companhia canadense vai enfrentar a Omie, startup brasileira que captou mais de R$ 600 milhões. A empresa desenvolve um software de gestão que tem recursos financeiros e tem os contadores como seu principal parceiro de venda.
A Omie comprou também um banco digital, a Linker. Mas enfrentou problemas para competir no mercado com outras plataformas pelas pequenas e médias empresas. Tanto que negocia com a Bromelia Capital a criação de um banco digital para médicos, segundo divulgou com exclusividade o NeoFeed.