Rede de farmácias com ampla presença nas regiões Nordeste e Norte, a Pague Menos anunciou na manhã desta segunda-feira, 15 de setembro, que está avaliando a realização de uma oferta pública subsequente de ações, que pode movimentar cerca de R$ 250 milhões.

A varejista informou que, caso seja aprovado, além da distribuição primária de ações ordinárias, o processo vai envolver a oferta secundária de ações ordinárias de sua emissão de titularidade de fundos geridos pela gestora americana General Atlantic, que detém uma fatia de 16,8% na rede.

Em fato relevante, a Pague Menos observou que contratou o Itaú BBA, o BTG Pactual, o Bradesco BBI e a XP Investimentos para avaliar a viabilidade da oferta, que será destinada exclusivamente a investidores profissionais.

A rede ressaltou ainda que, caso o follow on seja concretizado, será outorgado direito de propriedade aos seus acionistas para a subscrição das ações objeto da parcela primária da oferta. E acrescentou que, como parte do processo, optou por descontinuar a divulgação de seu guidance financeiro.

Caso siga com o follow on, a Pague Menos vai integrar o pacote de empresas que, pouco a pouco, começam a movimentar o mercado de capitais, ainda que essa retomada venha se materializando lentamente.

A última companhia a acessar esse balcão foi a Gafisa. Com o objetivo de fortalecer sua estrutura de capital, a empresa anunciou um follow-on no início de agosto, no qual captou R$ 88,6 milhões – inicialmente, o plano era levantar até R$ 107,6 milhões na oferta.

Um mês antes, quem recorreu a esse expediente foi a Fras-Le. Controlada pela Randon, a fabricante de autopeças movimentou cerca de R$ 400 milhões em seu follow on. Desse total, R$ 152,3 milhões vieram da tranche secundária. Já os R$ 247,6 milhões foram para o caixa da companhia.

Ainda em junho, a Méliuz concluiu um follow on de R$ 180 milhões. Em maio, foi a vez de a Orizon levantar R$ 635 milhões em uma operação ancorada pela Circular Holding, veículo formado por seus sócios-controladores e pela gestora eB Capital, que aportou R$ 400 milhões nesse processo.

O mês de abril, por sua vez, envolveu duas captações. Na primeira delas, a Caixa Seguridade concluiu uma oferta secundária de ações, de R$ 1,21 bilhão. Na sequência, a Azul levantou R$ 1,66 bilhão em uma oferta primária.

As ações da Pague Menos estavam sendo negociadas com queda de 1,83% por volta das 10h10 na B3, cotadas a R$ 3,75. Em 2025, os papéis registram uma valorização de 19,4%, dando à rede de farmácias um valor de mercado de R$ 2,33 bilhões.