O empresário japonês Masayoshi Son, fundador do grupo Softbank, parece ter não ter limites. Depois de criar o Vision Fund I, o maior fundo de venture capital do mundo para investir em US$ 100 bilhões em startups, ele chegou a conclusão que esse dinheiro não é suficiente.
Masa, como ele é conhecido, está prestes a anunciar o Vision Fund II, que será também de US$ 100 bilhões, segundo o The Wall Street Journal.
O Softbank deve contribuir com US$ 40 bilhões para o novo fundo – no Vision I, Masa entrou com “apenas” US$ 28 bilhões.
Além disso, o Softbank está construindo uma aliança de investidores que inclui a Apple, o banco de investimento americano Goldman Sachs e o fundo soberano do governo do Cazaquistão. Há conversas avançadas com a Microsoft e com o banco britânico Standard Chartered.
Os fundos soberanos da Arábia Saudita e de Abu Dhabi, que participaram com US$ 45 bilhões no Vision Fund I, também devem aderir. Mas devem contribuir com menos recursos, apurou o The Wall Street Journal.
Para atrair os investidores, o Softbank está usando uma estratégia agressiva e pouco usual. No caso da Microsoft, ele está dizendo que vai encorajar as 75 startups que investiu no primeiro fundo a migrar da plataforma de computação em nuvem da Amazon para a da Microsoft.
O Goldman Sachs, por sua vez, tem a expectativa de que o banco de investimento seja contratado para as futuras aberturas de capital das empresas nas quais o fundo investe. A Standard Chartered espera emprestar recursos para as startups.
Essa atitude tem levantado preocupações sobre a governança e a transparência do novo fundo, diz o jornal econômico americano.
Para conseguir aportar US$ 40 bilhões no novo fundo, o Softbank espera a aprovação do governo americano da fusão da Sprint com a T-Mobile, o que é esperado para breve.
Se a fusão for adiante, o Softbank, que tem dívidas de US$ 150 bilhões, se livrará de débitos de US$ 40 bilhões ligados a Sprint, limpando o seu balanço para aportar os recursos no novo fundo.
Criado há dois anos, o Vision Fund I deu até agora um retorno de 62% e investiu US$ 62 bilhões em aproximadamente 75 startups. O portfólio de empresas inclui a aplicativo de transporte Uber e o aplicativo de produtividade Slack, que abriram o capital recentemente, e o WeWork, que deve fazer seu IPO em breve.
Neste ano, o Softbank criou um fundo específico para a América Latina, batizado de Innovation Fund, cujo plano é investir US$ 5 bilhões em startups da região. Até agora, ele já aportou US$ 1 bilhão no aplicativo de entrega colombiano Rappi. A fintech Creditas e a rede academias Gympass também receberam recursos de Masa.
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