O Grupo Flytour, um dos maiores em viagens corporativas no Brasil, foi duramente atingido durante a pandemia do coronavírus, quando as viagens a negócios praticamente foram interrompidas.

Com dívidas milionárias, com bancos e fornecedores, a empresa agora está prestes a ser socorrida por uma grande companhia fora do eixo Rio-SP. No mercado, a empresa apontada como a salva-vidas da Flytour seria a mineira Belvitur.

Tradicional em Minas Gerais, com muita força no mercado corporativo, a Belvitur tem quase seis décadas de atuação e um faturamento anual de R$ 500 milhões.

O NeoFeed apurou que o CEO e sócio da companhia mineira, o empresário Marcelo Cohen, estaria dentro do escritório da Flytour, em Alphaville, em São Paulo.

Ao lado de um batalhão de advogados, já está fazendo uma due dilligence na companhia e, em breve, deve anunciar a compra. Mas, como acontece em operações como essa, um concorrente pode surgir no caminho.

Pessoas próximas do empresário afirmam que Cohen estaria comprando a Flytour separadamente da Belvitur. “Nesse momento de negociação de dívidas, ele não juntaria as duas empresas”, diz um executivo a par das negociações.

Para efetuar a aquisição, ele está capitaneando um fundo com investidores de mercado. A conversa é a de que ele estaria, inclusive, entrevistando novos executivos para compor o management da Flytour e manteria Eloi D’Avilla, um self made man que criou a empresa, no conselho de administração.

Com um faturamento de R$ 5,6 bilhões na pré-pandemia, a Flytour viu sua receita cair 70% com a chegada da Covid-19. As dívidas com os bancos alcançaram R$ 142 milhões e a companhia buscou uma recuperação extrajudicial.

Além da dívida com os bancos, a empresa precisa pagar seus fornecedores – o que faria a dívida alcançar, de acordo com profissionais de mercado, mais de R$ 400 milhões. Procurados, Marcelo Cohen e Eloi D’Avilla não retornaram as mensagens enviadas pelo NeoFeed.