A Flytour, uma das maiores empresas de viagens corporativas do Brasil, foi vendida para o empresário mineiro Marcelo Cohen, dono da Belvitur, após a conclusão de negociações que foram antecipadas em setembro pelo NeoFeed.

Entre os investimentos necessários para impulsionar a companhia, caixa e transações financeiras para sanar o grupo, o negócio gira em torno de R$ 500 milhões, disse Cohen ao site Panrotas. O Banco Master fez a assessoria da operação.

A Flytour, que tinha um faturamento anual de R$ 5,6 bilhões antes da pandemia, viu a receita cair 70% com as restrições causadas pela covid-19. Segundo profissionais do mercado, a companhia conta com dívidas que chegam a R$ 400 milhões, entre o que deve a bancos e fornecedores.

Também conforme antecipado pelo NeoFeed, Cohen será o novo CEO da Flytour, enquanto Eloi D’ávila Oliveira, o fundador, seguirá com uma cadeira no conselho de administração da companhia.

Antes de fechar a aquisição, Cohen chegou a levar um grupo de advogados à Flytour para conduzir um processo de diligência da empresa, que havia entrado em processo de recuperação extrajudicial.

No ano passado, já após o início da pandemia, Cohen criou um fundo para investir em oportunidades que iriam surgir no turismo.

A aquisição ocorre no momento em que a pandemia desacelera. Com o avanço da vacinação e a queda de restrições de movimentação, as atividades de turismo têm voltado gradualmente e há uma expectativa positiva para o setor nos últimos meses do ano, que marcam a alta temporada.

Além de atuar com viagens corporativas, a Flytour também tem outras três fontes de receitas, com uma agência de viagens para o varejo; com vendas de passagens para outras agências de viagens, de porte menor; e com uma agenda que organiza viagens para eventos específicos.

A Belvitur, nascida em Minas Gerais, também atua no mercado de viagens corporativas e tem um faturamento anual de R$ 500 milhões.