De olho em um possível IPO na Nasdaq, o Nubank, com avaliação privada de US$ 25 bilhões, está encorpando o seu conselho de administração com nomes muito respeitados no mercado financeiro internacional.
A fintech acaba de anunciar a entrada de Jacqueline Reses, ex-CEO da fintech Square e atual presidente do Conselho Consultivo Econômico do FED; Luís Alberto Moreno, ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Daniel Goldberg, ex-presidente do Morgan Stanley no Brasil, e a escritora, palestrante e consultora americana Anita Sands.
Trata-se de um claro movimento para afagar os investidores em uma, cada vez mais provável, abertura de capital na bolsa americana – algo que a fintech não confirma. A mudança no board traz outro perfil de conselheiros.
Até então, o conselho do Nubank era formado por representantes de fundos de venture capital que investem na fintech criada por David Vélez. Estavam no board Nicolas Szekasy, do Kaszek; e Meyer “Micky” Malka, da Ribbit Capital.
Doug Leone, do fundo Sequoia Capital, é o único conselheiro externo que estava no board e continuará. David Vélez também se mantém como presidente do conselho de administração.
Além de mirar o IPO, a mudança serve também para trazer mais governança a companhia, que tem apresentado um crescimento acelerado e hoje conta com 38 milhões de clientes e presença, além do Brasil, no México e na Colômbia.
Recentemente, o Nubank foi eleito pela revista TIME como uma das 100 empresas mais influentes do mundo. É o maior neobank do planeta e tem avançado sobre os incumbentes.
Um recente relatório da XP classifica o avanço da fintech como “A ameaça roxa” e afirma que, até 2023, a companhia deverá ultrapassar o Banco do Brasil em número de clientes.