O Nubank acaba de anunciar um novo aporte de US$ 400 milhões. Trata-se de uma rodada série G liderada por investidores globais como Whale Rock, Invesco e GIC. Também participaram da rodada outros gigantes do Vale do Silício como Sequoia, Tencent, Dragoneer e Ribbit.

O banco digital não confirma, mas com essa captação, que já soma mais de US$ 1,2 bilhão nos últimos sete anos, o valor de mercado do Nubank salta para US$ 25 bilhões, o que daria 25 unicórnios.

O crescimento do Nubank chama a atenção. Em julho de 2019, a empresa contava com 12 milhões de usuários e, agora, anota a marca de 34 milhões de clientes. A empresa também abriu operações no México e na Colômbia.

O dinheiro do aporte deverá ser usado, principalmente, no avanço das operações internacionais. "Temos muito para crescer nesses países", diz David Vélez, CEO e fundador do Nubank, ao NeoFeed. No México, por exemplo, há uma fila de 1 milhão de pessoas em busca de um cartão de crédito do Nubank.

Vélez diz que a penetração de cartão de crédito como meio de pagamento no país ainda é muito baixa. "Apenas 10% da população tem cartão", diz ele, dando mostras do quanto pode crescer no país. Na Colômbia, onde o Nubank desembarcou há três meses, já há uma fila de espera de 220 mil pedidos de cartão.

O empreendedor credita o sucesso da captação ao modelo da empresa, de se tornar o "maior player de banco digital da América Latina". "Os investidores estão enxergando esse nosso potencial", afirma Vélez.  Com o aporte, a fintech vai impulsionar suas operações e não descarta aquisições.

Aliás, o ano de 2020 foi marcado pelas primeiras compras do Nubank. Em janeiro do ano passado, o Nubank comprou a empresa brasileira de software Plataformatec. Em junho, adquiriu a americana Cognitec, criadora da linguagem de programação Clojure usada pelo próprio banco. Em setembro, foi a vez a plataforma de investimentos Easynvest.

David Vélez, fundador e CEO do Nubank, vai impulsionar as operações no México e na Colômbia

Além de dar mais gás para tracionar as operações no México e na Colômbia, o cheque de US$ 400 milhões também será usado para fortalecer algumas verticais aqui no Brasil. "A nossa operação de cartões já é lucrativa no País, vamos olhar agora para áreas como seguros e PJ", diz Vélez.

No segmento de microempresas, o Nubank já conta com 500 mil clientes e vai reforçar esse setor. Outra área que vai receber uma atenção especial é a de investimentos. A Easynvest, portanto, será turbinada. "Vamos acelerar essa área", diz Vélez.

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