A chilena Betterfly está recebendo um aporte série C de US$ 125 milhões e se tornando a primeira insurtech da América Latina a virar um unicórnio, como são chamadas as startups que valem mais de US$ 1 bilhão.
O aporte foi liderado pela Glade Brook Capital com participação de novos investidores, como Greycroft e Lightrock. QED Investors e DST Global, que lideraram as séries A e B, seguiram a rodada. A Betterfly havia captado US$ 60 milhões há seis meses. No total, já levantou US$ 200 milhões.
Os recursos vão ser usados para acelerar a operação brasileira da Betterfly, que começou a operar no ano passado. “Queremos ter 1 milhão de usuários no Brasil até o fim de 2022”, diz Jens Thobo-Carlsen, Chief Commercial Product da Betterfly ao NeoFeed, acresentando que já negocia planos com preços a partir de R$ 20 no Brasil através de uma parceria com a Icatu.
No Brasil, a insurtech já investiu US$ 30 milhões para o início de suas atividades. Neste ano, o plano é dobrar o quadro de funcionários, chegando a 150 posições até o fim de 2022.
Além de crescer no Brasil, um mercado considerado chave para a Betterfly, a companhia informou que fez a nova captação para se expandir também de forma mais acelerada pela América Latina.
O plano é começar, em 2022, a operar no México, Colômbia, Argentina, Peru, Equador e em um país da América Central – a escolha deve ficar entre Panamá e Costa Rica. No ano que vem, a intenção é chegar a Estados Unidos, Portugal e Espanha.
“Temos dinheiro ainda da captação anterior, mas a nova rodada nos dá tranquilidade para cumprir o plano dessa expansão”, afirma Thobo-Carlsen.
Fundada em 2018 pelo executivo chileno Eduardo della Maggiora, quando se chamava “Burn to Give”, a Betterfly se define como uma plataforma de benefícios que oferece um seguro de vida.
À medida que os funcionários caminham, correm, meditem ou fazem cursos, eles vão acumulando pontos (chamados de Better Coins), o que faz aumentar o valor do seguro de vida. A
o mesmo tempo, parte desses pontos são convertidos em doações para organizações não-governamentais com as quais a Betterfly tem parceria. No Brasil, as parcerias são com as organizações não-governamentais (ONG) Ação da Cidadania, Hospital Pequeno Príncipe, Fundação WATERisLIFE e Trees for the Future.
Além do seguro de vida, a Betterfly tem parcerias com outras empresas, que complementam sua plataforma de benefócios. Ele elas, o Zen, aplicativo de meditação guiada; a Conexa, maior plataforma independente de saúde digital; e a Hanufit, plataforma que oferece serviços de bem estar físico e mental incluindo virtual fitness, nutrição e meditação básica.
Em setembro do ano passado, a Betterfly comprou a Xerpa, uma fintech de antecipação de salários que será acrescentada as ofertas da insurtech dentro da estratégia de oferecer seguro de vida e proteção financeira e mental.