Quando contratou o Santander para buscar um sócio para injetar capital na sua operação, a gestora de fundos imobiliários RBR Asset, de Ricardo Almendra, despertou o interesse de mais de duas dezenas de bancos e gestoras para avaliar sua operação com R$ 10 bilhões sob gestão.
Agora, a lista afunilou. O NeoFeed apurou que Vinci Partners, Patria Investimentos e SPX estão na short list da RBR Asset como os principais candidatos a fazer uma oferta pela companhia.
O negócio avalia a gestora entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. “Vai depender de uma série de fatores, ainda serão feitas diligências”, diz uma fonte a par do processo. “Não está tão perto como se imagina, mas já há finalistas”, diz essa mesma fonte.
O setor de real estate tem recebido muita atenção do Patria, que comprou, no fim do ano passado, os fundos imobiliários do Credit Suisse por R$ 650 milhões. Além disso, tem avançado em real estate em outros países. Em apenas três anos, o Patria saiu de zero para US$ 7 bilhões nessa classe de ativos.
A Vinci, por sua vez, também está se movimentando para ter ainda mais protagonismo em real estate. Hoje, a gestora tem R$ 8 bilhões sob gestão e, com a compra da Compass, que ainda precisa ser aprovada por órgãos regulatórios, esse número saltará.
A empresa chegou olhar os fundos do Credit Suisse, mas não topou pagar o que o Patria pagou. Agora, está analisando tanto a RBR Asset como a HSI, que também está à venda no mercado.
Outra fonte com a qual o NeoFeed conversou estranhou a presença da SPX na short list. Ainda mais porque a gestora viu seu patrimônio sob gestão, muito ancorado em multimercado, cair de R$ 58,7 bilhões para R$ 40 bilhões nos últimos dois anos. "Vão desembolsar tudo em dinheiro para comprar a RBR?", indaga essa fonte.
Um profissional do mercado que tem acompanhado as conversas disse ao NeoFeed que o negócio ainda está longe de sair e tem chances até de não ser fechado. "Os interessados querem o controle e os fundadores querem vender uma fatia minoritária."
Procurada, a RBR Asset mandou a seguinte nota: "A RBR informa que a eventual entrada de um sócio estratégico mira a obtenção de um capital proprietário permanente. Isso trará musculatura para a Gestora e apoiará o crescimento. Não se cogita qualquer alteração no time de gestão."
Procuradas, as gestoras Patria, Vinci e SPX não se manifestaram até o fechamento dessa reportagem.