Nos últimos dias, o gaúcho Pedro Bartelle, CEO e maior acionista da Vulcabrás, dona da marca Olympikus e representante de Mizuno e Under Armour, tem se dividido em duas frentes de batalha diante das enchentes que destruíram a maior parte do estado do Rio Grande do Sul, uma tragédia sem precedentes na história do Brasil.

Pela manhã, ele está focado em reuniões da companhia e na ajuda aos funcionários de seu centro de desenvolvimento de produtos em Parobé (RS), região também atingida por chuvas e inundações. No período da tarde, está angariando doações e ajudando no resgate e acolhimento dos desabrigados.

“A situação aqui no Rio Grande do Sul é muito complicada, vai perdurar por muitas semanas e meses. Precisaremos de ajuda por muitos meses”, diz Bartelle em entrevista ao programa É Negócio, parceria entre NeoFeed e CNN Brasil, que vai ao ar as 20h45, do domingo 12 de maio, em edição especial sobre as enchentes do Rio Grande do Sul.

“Nunca tinha visto nada parecido. A gente passou pela pandemia e tem uma sensação um pouco parecida, mas é muito pior, é muito mais forte”, diz Bartelle. Além do drama humano e das vidas perdidas na catástrofe, há também um efeito devastador para a economia do estado e de suas empresas, principalmente, os pequenos comércios.

“A gente vê os restaurantes fechados, comércios estão fechados e o Estado parou. Agora precisa se reerguer”, afirma. No caso da Vulcabrás, Bartelle estima que das duas mil lojas que vendem algum tipo de produto da companhia, metade tenha sido afetada. O faturamento do grupo no estado gaúcho, diz ele, ficará suspenso – o que representa 5% da receita total da companhia.

Ao lado da Abicalçados, Bartelle diz que a companhia vai participar do esforço de reconstrução das lojas e cadeia de fornecedores. “Tem um compromisso da própria Vulcabrás para auxiliar os comércios. A gente suspendeu qualquer tipo de pagamento e nós vamos auxiliar, com toda a nossa equipe, reconstruir essas lojas”, afirma o empresário.

Mas ele sabe que os desafios são enormes e é preciso ir além. “Os desafios do poder público serão gigantescos, mas não serão suficientes, se não tiver as organizações, as entidades, para ajudar”, afirma. Nesse campo, ele está atuando junto ao Instituto Cultural Floresta para arrecadar fundos e colocar a gestão empresarial em prática na ajuda humanitária.

“O instituto vai arrecadar valores através do seu Pix para que possa ajudar nessa reconstrução, principalmente de hospitais, escolas e segurança pública”, afirma Bartelle.

Na entrevista, que pode ser acompanhada no link abaixo, ele detalha a situação e o que está sendo feito.

Para doar para o Instituto Cultural Floresta, basta acessar este link.