A cobrança de tarifas de importação para compras de até US$ 50, conhecido como a “taxa das blusinhas”, conseguiu deixar a competição mais igual entre a Shein e as empresas brasileiras.

Mas uma pesquisa realizada pelo BTG Pactual mostra que, mesmo com o imposto, a Shein segue sendo mais barata do que as rivais C&A, Renner e Riachuelo.

Comparando uma cesta de oito produtos entre varejistas locais Renner, C&A e Riachuelo e a Shein, a plataforma chinesa é 1% mais barata que a Riachuelo, 7% mais barata que a Renner e 12% mais barata que a C&A.

A cesta de produtos avaliada pelo BTG inclui vestido, jeans, skinny jeans, jaqueta, saia, camiseta, shorts e camisas coloridas. Em abril deste ano, esses oitos produtos custavam R$ 1.802 na Zara. Na C&A, R$ 956. Na Riachuelo, R$ 830. Na Renner, R$ 889. E na Shein, R$ 829.

Mas o próprio relatório do BTG Pactual observa que comparando com pesquisas anteriores, a diferença de preços entre a Shein e outras marcas locais diminui nos últimos 12 meses.

A Zara segue sendo a marca mais cara da amostra. Seus preços estão 1% maiores do que a mesma análise no início deste ano. Enquanto isso, a Shein está 3% mais cara do que há quatro meses. A C&A registrou a maior variação, com sua cesta de compras 15% maior do que em janeiro de 2025.

Apesar dos preços competitivos da Shein no mercado brasileiro, a pesquisa do BTG Pactual, que usou uma cesta de oito produtos em 15 países, mostra que os itens da varejista chinesa eram 25% mais caros no Brasil do que nos EUA.

Por conta do caos tributário pelo tarifaço nos Estados Unidos, a Shein fez um grande aumento nos Estados Unidos em 25 de abril. E, após os aumentos de preços, a Shein Brasil agora está 6% mais barata do que no mercado americano.