Uma dança das cadeiras atingiu a alta cúpula do Bradesco após Marcelo Noronha ter assumido como CEO na quinta-feira, 23 de novembro. Eurico Fabri, vice-presidente executivo responsável pela área de atacado do banco, renunciou ao cargo, alegando razões pessoais.
Fabri estava na liderança do atacado desde o começo deste ano. Anteriormente, quem estava na posição era Noronha. Os dois executivos acabaram trocando de posto: Noronha assumiu como vice-presidente de atacado e Fabri, de varejo. Assim como Noronha, Fabri era um dos cotados pelo Bradesco para ser o próximo CEO.
A informação, confirmada pelo NeoFeed, foi dada primeiro pelo jornal Valor Econômico. Os novos executivos ainda não foram escolhidos, segundo o banco.
A decisão de Fabri acontece no mesmo dia em que a Americanas comunicou ter firmado um acordo junto a credores que detém mais de 35% da dívida da empresa e excluindo os créditos intercompany. Entre eles, estão Bradesco, Santander, BTG Pactual e Itaú Unibanco.
Esse movimento no Bradesco é parecido com o que aconteceu no Itaú quando Milton Maluhy Filho foi anunciado como CEO em outubro de 2020. Na ocasião, Marcio Schettini, diretor-geral de varejo, e Caio David, diretor-geral do banco de atacado e presidente do Itaú BBA, deixaram o banco. Ambos eram cotados como possíveis CEOs.
Fabri ingressou no grupo em 2008, vindo da financeira Finasa. Em 2017, entrou para a diretoria-executiva do Bradesco e era vice-presidente desde 2018. Atualmente, é chairman da Cielo — o Bradesco é um dos controladores da empresa junto com o Banco do Brasil, com mandato até abril de 2024.
Também optou por sair do banco a diretora executiva responsável pelas áreas de Infraestrutura de Tecnologia de Informação e Governança de TI, Walkiria Schirrmeister Marchetti. Neste caso, ela antecipou a sua aposentadoria.
Com valor de mercado de R$ 160,9 bilhões, a ação preferencial do Bradesco está em alta de 11,9% no ano.