Perto de completar 94 anos – o que deve acontecer na sexta-feira, 30 de agosto – o megainvestidor Warren Buffett e sua Berkshire Hathaway estão entrando em um clube exclusivo que até agora só tinha empresas de tecnologia nas bolsas americanas: o das empresas trilionárias.
Hoje, esse clube tem Apple, Nvidia, Microsoft, Alphabet (holding que controla o Google), Amazon e Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp). E, agora, a Berkshire Hathaway, cuja marca foi atingida ao longo do pregão desta quarta-feira, 28 de agosto.
As ações da Berkshire subiram mais de 30% neste ano, apesar do aviso de Buffett de que ele não vê "nenhuma possibilidade de desempenho surpreendente" – e o que explica o caixa de US$ 277 bilhões, a maioria desse recurso em títulos do tesouro americano, uma posição maior que o Fed, o banco central dos EUA.
Buffett construiu um conglomerado ao longo das últimas seis décadas que atuam em diversos setores da economia americana e vão desde ferrovias até seguradoras de automóveis e bancos digitais (como o Nubank).
O setor de tecnologia sempre ficou ao largo das apostas de Buffett e ele começou a investir na área nos últimos anos - e atrasado, em relação ao seus pares. Mas, mesmo assim, de forma lucrativa.
A Apple é uma das maiores posições de Buffett, embora ele tenha reduzido sua exposição. No segundo trimestre, a Berkshire vendeu aproximadamente 390 milhões de ações da Apple, e ganhou US$ 50 bilhões.
Neste ano, Buffett também reduziu sua exposição ao Bank of America, outra posição histórica de sua gestora.