A máquina de M&As da XP começou o ano a todo vapor. Depois de anunciar, no início da semana, a compra de participação no Grupo Suno, que engloba a Suno Research, a XP Inc. acaba de soltar um comunicado ao mercado anunciando a compra de 100% do Banco Modal. A transação envolve troca de ações.
De acordo com o comunicado, o negócio será pago com 19,5 milhões de novas ações Classe A da XP Inc. “As partes acordaram em implementar a transação através de uma reorganização societária que resultará na incorporação, por uma subsidiária da XP Inc., de até 100% do capital social do Banco Modal”, diz o comunicado.
Caso não consiga aprovação dos acionistas minoritários para a aprovação do negócio, a XP Inc. irá incorporar participação equivalente a 55,7% do capital social do Banco Modal detido pelos acionistas controladores em uma transação de ações. Com isso, pretende garantir a todos os acionistas minoritários o direito de vender sua participação nas mesmas condições.
Juntos, XP e o Banco Modal têm 3,8 milhões de clientes ativos e, nos últimos doze meses até setembro, tiveram uma receita líquida de R$11,8 bilhões. A transação avalia o Modal em cerca de R$ 3 bilhões, pagando um prêmio de 35% sobre o preço das ações nos últimos 30 dias.
O negócio promete turbinar a área bancária da XP na briga não só com os bancos tradicionais como também com as fintechs. A XP Inc. tem como objetivo se tornar a instituição financeira mais valiosa da América Latina até 2025. Para isso, terá de acelerar o passo e sair, de fato, às compras.
Enquanto a XP Inc. vale US$ 15 bilhões na Nasdaq, o Nubank, de David Vélez, que abriu capital em dezembro do ano passado, e conta com mais de 50 milhões de clientes, ocupa esse posto com um valor de mercado de US$ 43,8 bilhões, quase o triplo da empresa de Guilherme Benchimol.