Poucas áreas ficaram em tanta evidência na pandemia quanto a de saúde – para o bem e para o mal. Da noite para o dia, o setor passou por uma revolução por conta do coronavírus, que acelerou regulamentações e quebrou tabus em relação ao uso da tecnologia.
Mas isso não foi uma surpresa para a DNA Capital, gestora de venture capital e private equity fundada por Pedro Bueno, da família controladora da Dasa, em 2012. Há quase 10 anos, a gestora está atrás de encontrar empresas inovadoras na área de saúde.
“Hoje, o mercado está crescendo. Mas, lá atrás, em 2012, investir na área de saúde não era uma tese tão óbvia”, diz Luiz Henrique Noronha, sócio da DNA Capital, ao Café com Investidor, programa do NeoFeed que entrevista os principais gestores de venture capital e private equity.
No começo, o dinheiro para investir era exclusivamente da família Bueno. Mas, mais recentemente, a gestora passou a trazer outros investidores, como o fundo soberano de Cingapura, o Temasek, e o Fit Participações, entre alguns nomes que podem ser divulgados que fazem parte dos LPs (limited partners).
Com escritório em São Paulo e São Francisco, onde hoje Noronha está morando, o objetivo é conseguir identificar as principais tendências do setor de saúde no Brasil e no mundo. São, até agora, sete investimentos no Brasil e 13 nos Estados Unidos.
No portfólio estão empresas como Beep Saúde, CM Tecnologia, Memed e Sanar no Brasil. Nos Estados Unidos, um exemplo é a Clover Health, que abriu o capital na Nasdaq em janeiro deste ano, e vale US$ 3 bilhões.
Em venture capital, a DNA tem um fundo de US$ 150 milhões, que ainda conta com recursos para investir. Os cheques variam entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões e o foco é participar de rodadas séries A e B – mas a gestora atua do seed até a série C.
Em private equity, Noronha explica que capta para investir em cada tese. A Dasa, a Ímpar, a GSC e a Viveo, controladas pela família Bueno, fazem parte do portfólio da DNA Capital, que tem US$ 3,5 bilhões em ativos sob gestão.
Nessa entrevista que você assiste no vídeo acima, Noronha explica a tese da DNA Capital, fala das principais tendências do setor de saúde e conta sobre sua trajetória profissional, que tem passagens pela Ficus Investimentos e pela DGF, gestora da qual participou do board de companhias como Ingresse, Gesto Saúde, RD Station e muitas outras.
Spoiler: Noronha explica também o que fez para se tornar um especialista para investir em empresas da área de saúde, um segmento que exige uma especialização que vai além de saber os principais indicadores financeiros de uma companhia. Assista a mais um episódio do programa Café com Investidor.