Em meio a corrida das gestoras de venture capital para buscar recursos para seus fundos de investimentos, a FTRM Group está trazendo um reforço que já está acostumado com velocidade. Bicampeão da Stock Car Brasil e duas vezes vice-campeão mundial de Fórmula 1, Rubens Barrichello entrou para o time de sócios da holding que controla a Futurum Capital.
Será o primeiro contato do piloto de 50 anos e que também tem um canal no YouTube com o universo de startups. “Antes de entrar neste mundo, eu fui investigar e conversei com muitas pessoas”, diz Barrichello em entrevista ao NeoFeed. “Tudo na vida tem um momento para acontecer e essa era a hora de dar este passo também pensando nos próximos dez ou vinte anos.”
Barrichello entrou no negócio na quarta captação de recursos da FTRM Group, holding que além da Futurum Capital também tem em seu guarda-chuva as operações Developer (para criar negócios), Hub (para conectar diferentes agentes do mercado), Tech (para desenvolver APIs e outras tecnologias) e TGP (para trabalhar junto a fundos de corporate).
A Futurum Capital é a principal operação do grupo. A gestora já aportou mais de 20 startups no Brasil, EUA, Europa e Emirados Árabes. No portfólio estão empresas como Spaceflix, serviço de locação de móveis e acessórios para residências, e Typcal, startup de alimentos plant-based que tem entre seus investidores o técnico de vôlei Bernardinho, bicampeão olímpico.
Com investimento de valor não divulgado, Rubinho se junta a uma equipe de investidores da FTRM que já conta com nomes como Fernando e Neca Setúbal, da família controladora do Itaú Unibanco; Jackson Gomes, ex-CEO do Banco Original; entre outros.
A chegada de Barrichello nos “boxes” da FTRM se deu por conta de uma amizade de longa data com Fabio Fakri, um dos fundadores da holding. Nos últimos meses, Barrichello foi apresentado à Zeph, empresa americana investida pela Futurum Capital e que fabrica compostos naturais à base de plantas para ajudar a combater a falta de sono, manter o foco, melhorar a imunidade, entre outros benefícios.
“Os empreendedores das startups muitas vezes têm uma ideia, mas não sabem como complementar e isso tem muito a ver com o que eu vejo no automobilismo”, diz Barrichello. “Você pode ter um time de mecânicos e de engenharia muito forte, mas é preciso ter alguém para gerir tudo aquilo.”
Na Zeph, Barrichello vai atuar como um embaixador da marca, a mesma função que também poderá ocupar em outras das investidas da FTRM. Seu papel na holding, no entanto, não vai se limitar a ações de marketing. Ele também vai participar de reuniões e irá dar ideias sobre a execução de diferentes negócios do grupo.
A presença de Rubinho no quadro societário da FTRM também pode ajudar a companhia na busca por mais investidores. “O Rubinho tem um patamar de credibilidade e de auto exposição incontestável. Acaba sendo um canal para que a gente possa chegar a um novo investidor”, diz Fakri.
Ao ser questionado sobre isso, Rubinho apenas brincou. “Aliás, eu já estou falando com o Messi”, disse o piloto sobre o jogador de futebol argentino que liderou sua seleção na conquista do tricampeonato mundial na última Copa do Mundo. “Não, calma, eu estou só brincando.”
Por ora, a gestora está no meio de uma captação de um fundo de R$ 100 milhões para investir em startups early stage e cuja média dos cheques gira em torno de R$ 2 milhões. No radar estão empresas de diferentes setores, como fintechs e startups que atuam com o agronegócio.
Em entrevista recente ao NeoFeed, Giancarlo Barone, CEO da Futurum Capital, afirmou que a gestora vem encontrando mais facilidade para buscar recursos no exterior. "Há uma abertura para o Brasil e para outros mercados emergentes."