A agenda de aquisições da Viveo foi intensa nesses últimos seis anos. Nesse período, a empresa de soluções para o setor de saúde realizou 25 compras. A última foi a totalidade da Far.me, uma farmácia especializada na entrega direta para o consumidor, concretizada em fevereiro deste ano. De lá até o ano que vem, a estratégia é “dar um tempo” nos M&As para unir todos os negócios.

“Havia necessidade de transformar um business puro de distribuição em um que agregasse serviço. O apetite por aquisições fazia todo sentido para acelerar esse movimento de consolidação e diversificar o nosso negócio”, disse Leonardo Byrro, CEO da Viveo, ao programa Números Falam, do NeoFeed “Pegamos os anos de 2023 e 2024 para integrar tudo isso, de forma consistente. E são 17 incorporações neste ano”.

O apetite pela expansão inorgânica continua. Byrro explica que a captação de R$ 1,2 bilhão, no follow on realizado em agosto deste ano, é uma maneira de reforçar o caixa para o crescimento que a companhia projeta para os próximos anos. E que, depois dessa organização, vem uma nova rodada de consolidação. “O caixa está preparado para novos investimentos e aquisições futuras”, afirma o CEO.

Nesse processo de diversificação do negócio, a Viveo dividiu sua operação em quatro canais: hospitais e clínicas, laboratórios e vacinas, varejo e serviços. Esse esforço tem o objetivo de equilibrar os resultados da companhia. Quase 74% da receita líquida de R$ 2,8 bilhões da Viveo no terceiro trimestre ainda estão concentradas em hospitais e clínicas. Os demais segmentos dividem de forma equilibrada os 26% restantes.

“O mantra na Viveo é manter a disciplina de retorno”, diz Byrro, citando o retorno sobre o capital investido (ROIC) anualizado de 23,2% da empresa.

No ano, a ação da companhia de soluções para o setor de saúde registra queda de 12,1%, aos R$ 14,17 até a terça-feira, 6 de fevereiro. O valor de mercado é de R$ 4,6 bilhões.