Depois de lançar no meio do ano passado um banco de investimento, o grupo Archx amplia agora a sua atuação com um wealth management com a Archx Advisors, uma assessoria de investimentos plugada ao BTG Pactual.
As duas empresas do grupo possuem uma parceria comercial estratégica pela sinergia dos negócios. A Archx Capital, como um investment banking (IB) independente, conseguirá se beneficiar de originações que surjam no wealth, remunerando os assessores por isso.
Ao mesmo tempo, o Advisors conta com o IB não só para atrair clientes importantes, mas para conquistar a liquidez deles após a estruturação de operações na área.
“Os negócios de bancos de investimento possuem muita sinergia entre si. Não à toa muitas assessorias têm apostado em ter o seu DCM ou um braço de M&A. Nós estamos fazendo o caminho inverso e agregando ao nosso experiente business de banco de investimentos um wealth”, afirma Leandro Miranda, managing partner e CEO da Archx Capital.
A Archx Advisors foi fundada com seis sócios com ampla experiência em private banking em instituições como Safra, Citi, Itaú e XP: Bruno Gallegos, Isabela Schoof, Patricia Carrera, Leonardo Capolete, Renan Souza e Thyago Sarandy. E tem Simone Reichmann, ex-Citi e Itaú Unibanco, como CEO. Eles possuem cerca de R$ 3 bilhões de carteira de relacionamento com clientes que estão trazendo para a casa.
O público-alvo são clientes com pelo menos R$ 1 milhão em liquidez e de famílias empresárias, com a proposta de um planejamento patrimonial holístico entre as pessoas físicas e jurídicas e foco em planejamento sucessório.
A empresa começou a contratar assessores de investimento e quer chegar a 10 pessoas até o fim do ano e a 20 no fim de 2025.
“Não queremos ser um mega escritório. Queremos atuar com um público seleto e importante que reconhece e necessita uma área corporate robusta, nosso diferencial ainda mais pela senioridade dos sócios da Archx Capital”, afirma Reichmann.
A Archx Capital foi fundada há 10 meses pelos executivos Leandro Miranda, Philip Paul Searson, Bernardo Costa, Arthur Ghattas, Rogério Queiroz, Lucas Batista e André Pompilio, em uma aposta de que o corporate banking irá se “desbancarizar” assim como aconteceu com os segmentos de asset e wealth management nos últimos anos.
Sua proposta é ser um investment banking boutique para o segmento middle, com empresas de faturamento entre R$ 100 milhões e R$ 1 bilhão, no qual os bancos não são competitivos. Os setores de sua especialidade são real estate, agronegócio e infraestrutura.
Sua atuação vai de estruturação de dívidas como CRI, CRA e debêntures a bonds no exterior a também fundos estruturados como fundos imobiliários e FIDCs, além de executar fusões e aquisições. A casa está com um pipeline de R$ 5,5 bilhões em estruturação para os próximos meses.
Essa operação robusta garante uma robustez a mais para o business de assessoria, que tem tentado diversificar receitas fora os investimentos para manter a lucratividade. O que na visão da Archx é uma oportunidade.
"Estamos vendo um movimento de consolidação da indústria de assessoria e acreditamos que podemos ser consolidadores. Por termos um outro business de forte geração de receita e diferenciado com a Archx Capital. Vamos procurar bons profissionais que queiram se juntar a uma operação com mais força de banco, mas independente", afirma Miranda.