A Allos tem uma taxa de ocupação média de 96,5% em 57 shopping centers geridos ou administrados pela empresa. O Leblon, no Rio de Janeiro, e o Manauara, em Manaus, por exemplo, estão com mais de 99,5%. A alta demanda exige da companhia estratégia para preencher os espaços vazios.

“Tivemos uma saída de lojas âncoras mais intensa durante os últimos dois anos. Mas aproveitamos essa oportunidade para otimizar os espaços e trazer operações de lojas satélites”, diz Daniella Guanabara, CFO da Allos, ao Números Falam, programa do NeoFeed que tem o apoio do Santander Select.

“Ou seja, eu divido a área da âncora em duas ou três operações e consigo trazer muito mais novidade para aquele mesmo espaço”, complementa.

A consequência dessa estratégia é aumentar tanto o fluxo de consumidores circulando pelos espaços como o mix de segmentos oferecidos, que vão das compras ao entretenimento, passando pela gastronomia. Essa combinação ajuda a aumentar as vendas e a rentabilizar os lojistas.

De acordo com o último balanço publicado, referente ao terceiro trimestre de 2024, a venda dos lojistas cresceu 8% entre julho e setembro, para R$ 9,5 bilhões.

Com 46 shoppings geridos diretamente pela Allos e 11 administrados para terceiros, a empresa está nas cinco regiões do País e tem presença nas principais capitais.

No terceiro trimestre, a companhia assinou 253 contratos comerciais, que correspondem a pouco mais de 40 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). É quase o tamanho do Mooca Plaza Shopping. Em 12 meses, encerrados em setembro, foram pouco mais de 1 mil contratos (incluindo os shoppings de terceiros).

“Quando as cadeias de varejo pensam em expandir o footprint delas no Brasil inteiro, lançar uma marca nova ou testar um novo modelo de loja, elas vão falar conosco. Seremos a primeira ligação porque temos esse portfólio para oferecer”, diz Guanabara.

Um exemplo é a rede de cosméticos Sephora, que faz parte do grupo LVMH. A marca começou com a Allos no Rio de Janeiro e depois expandiu para Belo Horizonte, Uberlândia, Londrina e Belém.

Formada a partir da fusão entre a Aliansce Sonae e a brMalls, em 2023, a Allos tem valor de mercado de R$ 10,4 bilhões na B3. A ação ALOS3 acumula queda de 21,3% em 12 meses.