O follow-on da JHSF Participações, que atua no setor de shopping-centers, incorporação imobiliária, hotelaria e gastronomia, acaba resultar numa captação de R$ 513 milhões.
A companhia ofertou 80 milhões de ações ordinárias. Como o interesse foi grande, os acionistas colocaram o lote suplementar de 28 milhões de ações para dar conta da demanda. O hot issue foi exercido e o papel saiu a R$ 4,75, com nenhum desconto do preço de tela na data do lançamento.
Coordenada pelo Bradesco BBI e BTG Pactual, a operação teve grande interesse de investidores locais e internacionais, superando três vezes o livro no qual os interessados apresentam suas ordens de compra.
Os principais fundos long only do mercado, aqueles que apostam na alta e na valorização das ações, compraram boa parte dos papéis. Na quarta-feira, 13 de novembro, a ação da JHSF era cotada a R$ 5,10. No ano, os papéis sobem 156,3%.
Boa parte do dinheiro captado será usada para expandir as operações da companhia. A JHSF anunciou recentemente que vai inaugurar o empreendimento imobiliário Fasano Fifth Avenue, na Quinta Avenida, em Nova York; e também um restaurante da marca Fasano na Park Avenue, em Manhattan.
Não é de hoje que um dos principais acionistas do grupo, José Auriemo Neto, o Zeco, acalenta o sonho de criar um empreendimento em Nova York. O prédio onde será instalado o Fasano Fifth Avenue foi comprado pelo grupo em 2013. Mas a recessão veio e o projeto, de frente para o Central Park, ficou em banho-maria.
A JHSF administra os shoppings Cidade Jardim, em São Paulo; o Bela Vista, em Salvador; e o Ponta Negra, em Manaus. A companhia também está a frente do Catarina Fashion Outlet, em São Roque.
Além disso, empresa conta com os restaurantes do grupo Fasano e os hotéis Fasano, na capital paulista, Fasano Boa Vista, no interior de São Paulo, e o Las Piedras, em Punta del Este, no Uruguai. "A tese da companhia de usar os recursos para investir e expandir os projetos que eles têm no portfólio nos agradou", diz um gestor que entrou na operação.
O follow-on da JHSF é o nono de uma empresa do setor imobiliário neste ano, o que mostra como o segmento anda aquecido. Antes dela, vieram Tecnisa, Trisul, Eztec, Helbor, Gafisa, LPC (ex-Lopes) Cyrela Commercial Properties (CCP) e Log Commercial Properties. O total captado alcança os R$ 5 bilhões. A próxima da fila é a BR Properties, que deve captar R$ 1 bilhão.
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