Os mais de 30 anos de carreira levaram Roberto Funari a diversos destinos. No período, ele morou na Holanda, na África do Sul, na Alemanha, em Cingapura e, em duas oportunidades, na Inglaterra. Desde janeiro de 2019, já de volta ao Brasil, o executivo encontrou uma nova casa, sem deixar de lado, porém, sua pegada internacional.

Na época, dez meses depois de assumir um assento no board da Alpargatas, Funari foi nomeado CEO da companhia. Avaliada em R$ 18,6 bilhões, a empresa é dona das marcas Havaianas e Osklem, e de uma ampla estratégia de internacionalização, em curso há vários anos.

Com mais de 100 países no mapa, a operação internacional respondeu por mais de 26% da receita de R$ 3,36 bilhões, em 2020, e segue como bandeira do grupo. Mas não é a única. Funari tem a missão de levar as marcas da empresa, em especial, a Havaianas, também a outras fronteiras.

“Desenhamos uma estratégia olhando ocasiões de uso e onde a Havaianas pode participar. E isso não significa que será sempre com chinelos”, diz Funari, em entrevista ao Conexão CEO (vídeo completo acima). “Estamos explorando outras categorias e formatos que nos trazem grandes oportunidades.”

O embarque da Alpargatas e da Havaianas rumo a esse “novo mundo” passa por muitas escalas. De sandálias, sneakers e calçados casuais a categorias dentro do conceito de lifestyle. Street bags, biquinis, toalhas, pochetes e toda sorte de acessórios e itens de vestuários cabem nesse último pacote.

Essas e outras incursões contam com o apoio da área global de dados da empresa. Criada há pouco mais de um ano, essa equipe fornece as bases para um amplo leque de iniciativas. Da identificação dos canais mais adequados nos diferentes mercados nos quais a marca tem presença à definição dos preços praticados em cada um deles, sejam físicos ou virtuais.

No programa, Funari detalha essas estratégias e outros importantes passos do grupo. Como a digitalização de toda a operação; a inovação em escala global; a sustentabilidade, com um projeto de logística reversa e economia circular; e a exploração de diferentes formatos para ressignificar o varejo. Entre eles, uma Kombi que já rodou as ruas do Brasil e dos Estados Unidos.