Tudo o que sobe, desce. Essa é uma lei da física que parece se aplicar com mais intensidade a moeda digital do bitcoin. Em fevereiro, na esteira de declarações de Elon Musk, o fundador da Tesla e da Space X, a moeda engatou uma alta que a fez chegar a US$ 64 mil em meados de abril.
Em 12 de maio, Musk voltou atrás, dizendo que não iria mais aceitar pagamentos com o bitcoin na compra de carros Tesla, citando preocupações com o gasto de energia para minerar a moeda. Na ocasião, ele deixou no ar se venderia aproximadamente US$ 1,5 bilhão que possuía em bitcoin.
Foi o bastante para a moeda digital despencar 13%, para US$ 49 mil. Hoje, foi a vez da China proibir instituições financeiras e empresas de pagamentos ofereçam serviços que envolvam transações em criptomoedas. Resultado? Nova queda.
Nesta quarta-feira, 19 de maio, a moeda estava caindo mais de 20%, sendo vendida por volta de US$ 37 mil. Desde meados de abril, o baque é ainda maior: 44%.
As ações da Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, também estão caindo por volta de 8,5%. Ela abriu o capital em 14 de abril, com os papéis sendo vendidos a US$ 381. Hoje, estão cotados a US$ 217, uma desvalorização de 43%, em linha com a queda do bitcoin.
No fim ano passado, o professor da Stern School of Business da Universidade de Nova York, Scott Galloway, previu que o bitcoin ultrapassaria os US$ 50 mil em 2021. A moeda digital superou esse patamar de forma rápida. E, na mesma velocidade, voltou para baixo desse valor.
O que esperar da moeda? A única certeza é que a cotação seguirá como o gráfico de um cardiograma, com altos e baixos. Quem se arrisca?