Depois do anúncio na segunda-feira sobre a fusão entre a WarnerMedia, da AT&T, e a Discovery, o mercado de entretenimento e streaming pode produzir um novo capítulo de consolidação. E, mais uma vez, com dois gigantes protagonizando essa movimentação.
Os atores da vez são a Amazon e a Metro Goldwyn Mayer (MGM). Segundo o portal americano The Information, a empresa do bilionário Jeff Bezos estaria negociando a aquisição do icônico estúdio de Hollywood, em uma transação que poderia chegar ao patamar de US$ 9 bilhões.
As conversas para um acordo estão em curso há algumas semanas. E têm como pano de fundo a intenção já manifestada em dezembro do ano passado pela MGM Holdings, dona da MGM, de encontrar um comprador para o estúdio.
A negociação está sendo conduzida por Mike Hopking, vice-presidente sênior da Amazon Studios e Prime Video, que vem conversando diretamente com Kevin Ulrich, presidente do conselho de administração da MGM.
Com um eventual acordo, a Amazon reforçaria o catálogo do Amazon Prime Video, seu serviço de streaming, com 4 mil filmes, em um catálogo que inclui títulos e franquias como “James Bond”, “Rocky/Creed”, “Hobbit” e “O Silêncio dos Inocentes”.
O acervo da MGM inclui ainda a programação da MGM TV, com séries como “Vikings”, “Fargo”, “Teen Wolf” e “The Handmaid’s Tale”, além de programas como “The Voice”, “Survivor”, “Shark Tank” e “The Hills”.
Segundo dados divulgados pela Amazon em seu balanço do primeiro trimestre de 2021, mais de 175 milhões de pessoas acessaram os conteúdos do Amazon Prime Video em 2020. Pioneira, a líder no segmento ainda é a Netflix, com aproximadamente 208 milhões de assinantes. Já a Disney+ ultrapassou recentemente a marca de 100 milhões de usuários.
Empresas como Sony Pictures Entertainment e ViacomCBS também estariam no páreo pela MGM, que tem o seu próprio serviço de streaming, batizado de Epix. Os rumores sobre uma proposta mais avançada da Amazon, no entanto, ganharam força no último fim de semana.
Outro componente nessa trama foi o anúncio do retorno de Jeff Blackburn, um ex-executivo do alto de escalão da Amazon, à companhia. Agora com uma nova função: liderar os negócios de entretenimento da gigante americana.