Fabricante de autopeças controlada pela Randoncorp, a Fras-Le anunciou na manhã de segunda-feira, 16 de junho, que está avaliando a realização de uma oferta pública subsequente de ações, que poderá movimentar cerca de R$ 300 milhões.
Em fato relevante, a companhia informou que o follow on poderá incluir uma oferta primária, onde seriam emitidas novas ações, além de uma oferta secundária envolvendo ações de titularidade da Dramd Participações, que detém uma participação de 12,82% na empresa.
No comunicado, a Fras-Le ressaltou que recebeu a confirmação por parte da Dramd de que, caso o follow on seja confirmado, a acionista planeja usar os recursos líquidos obtidos na operação para subscrever um aumento de capital a ser realizado futuramente pela Randoncorp na operação.
O fato relevante também destacou que, levando-se em conta o objetivo de promover a liquidez das suas ações e trazer novos investidores para a sua base, tanto a Randoncorp como a Dramd indicaram que não pretendem exercer seus respectivos direitos de prioridade e subscrever ações na potencial oferta.
A companhia também informou que contratou o BTG Pactual e o Itaú BBA como assessores financeiros para avaliar a viabilidade da potencial oferta, que será destinada exclusivamente a investidores profissionais e incluirá esforços de colocação no exterior.
Como a oferta ainda está em fase de avaliação, a Fras-Le optou, nesse momento, por descontinuar a divulgação de suas projeções financeiras, tendo em vista a potencial necessidade de alinhamento de sua política nessa esfera com os procedimentos usualmente adotados nessas operações.
Caso siga nesse processo e coloque, de fato, essa oferta “na rua”, a Fras-Le será mais um nome a reforçar os sinais de uma retomada – ainda lenta – no mercado de capitais. A oferta em questão seria o quinto follow-on realizado neste ano na bolsa de valores brasileira.
Quem inaugurou esse roteiro em 2025 foi a Caixa Seguridade, que, em abril desse ano, concluiu uma oferta secundária de ações de R$ 1,21 bilhão. Na sequência, no mesmo mês, foi a vez de a Azul levantar R$ 1,66 bilhão numa oferta primária na B3.
Já em maio, a Orizon captou R$ 635 milhões em seu follow on. A operação foi ancorada pela Circular Holding, veículo formado pelos sócios-controladores da companhia e pela gestora eB Capital, que aportou R$ 400 milhões na operação.
No início deste mês, por sua vez, a Méliuz reforçou essa onda, a princípio, mais favorável para essas ofertas, ao concluir um follow on no qual captou R$ 180 milhões.
As ações da Fras-Le estavam sendo negociadas com ligeira queda de 0,63% por volta das 10h40 na B3, cotadas a R$ 26,86. No ano, porém, os papéis registram uma valorização de 31%. A empresa está avaliada em R$ 7,17 bilhões.